O Síndrome de Choque Tóxico (SCT) é um raro problema que afeta as mulheres e que ganhou atenção em 2012, com a história da modelo Laures Wassen, que se viu obrigada a amputar uma perna após infeção causada pelo uso de tampões.
Embora o SCT possa também afetar crianças, mulheres na menopausa ou mesmo homens, os tampões são fortemente associados ao problema. Uma relação que ainda não está bem explicada mas sobre a qual especialistas apontam o aumento de oxigénio no interior da vagina, aquando da colocação do tampão, que propicia a produção de toxinas no local.
Tal associação é pois apontada por muitos como mais uma desvantagem do tampão, que deve ser substituído pelo copo menstrual que é mais ecológico e económico (um mesmo objeto é usado por vários anos) e menos prejudicial para a mulher (que perde alguns dos líquidos naturalmente produzidos pelo corpo e que não deveriam ser retirados da vagina, mas são-no, através do uso de tampão).
Mas um recente estudo vem dividir opiniões ao referir que o uso do copo menstrual é ainda mais prejudicial, a nível de risco de Síndrome de Choque Tóxico isto porque uma bactéria associada à doença pode permanecer no copo, mesmo após várias lavagens.
Tal bactéria desenvolve-se no ambiente oxigenado que é criado aquando da colocação do copo na vagina e mantém-se viva mesmo após três lavagens por, pelo menos oito horas – período que pode ser suficiente para uma segunda utilização do referido objeto.
Após uma análise à composição de 15 copos menstruais diferentes, os especialistas apontam que, para o limpar idealmente, deve esterilizar o objeto em água a ferver. Deve por isso investir num segundo copo menstrual para garantir que o ferve sempre antes de o voltar a colocar.
No caso de preferir o uso de tampão – uma prática que não é apontada pelos especialistas como preferencial – opte por algodão orgânico em vez dos tradicionais, que conta com uma maior mistura de materiais químicos como viscose.