Por muito à vontade que se esteja com o seu aspeto físico, há sempre algo que gostaria de mudar, um pormenor que hoje não está no seu melhor dia, um aspeto que poderia ser ajeitado antes de uma eventual foto... Assim o é, porque vivemos numa era em que somos constantemente bombardeados com imagens de corpos perfeitos, pessoas sem falhas e imagens em que não há nada a apontar.
Sabe que tal não corresponde à realidade e, mesmo que não queira atingir aquela irreal imagem, não deixa de se cuidar: uns mais, outros menos, mas todos deitamos o olho quando passamos por um espelho.
Há contudo, casos extremos - bem mais do que os que se expõem a constantes cirurgias plásticas ou quilos de maquilhagem – e dizem respeito a uma doença que avança de tal maneira, que o tratamento passa também pela necessidade de alterações físicas ao próprio corpo.
Quem aponta o problema é o Huffington Post, que fala de casos em que indivíduos são obrigados a uma operação, devido a cancro do intestino ou outro problema semelhante, que passa por abrir o abdómen e retirar as partes do corpo afetadas e já sem função. Embora os resultados da cirurgia não sejam visíveis aos demais, tem grande impacto na vida do doente, que passa por uma condição devastadora, em que se sente muito pouco atrativo, o que resulta em isolamento social, depressão e insegurança.
Para dois terços dos que passaram pela referida cirurgia, a perceção que tinham do seu próprio corpo piorou após o tratamento, de tal modo que diversos inquiridos ponderaram o suicídio. Tais dados levam a que se pense a imagem corporal com outra importância, levando a medicina a oferecer apoio neste sentido a quem passa pela referida cirurgia ao abdómen, mas não só.