Teste de apenas dois minutos pode detetar autismo nos bebés

O teste observa como as crianças reagem a certos gestos, podendo constituir um importante primeiro passo na obtenção de diagnósticos.

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Liliana Lopes Monteiro
09/02/2018 11:30 ‧ 09/02/2018 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Patologias

Só em Portugal, para uma população de 10.000 pessoas há 10 pessoas com autismo e 2,5 com síndroma de Asperger. Na mesma população há 30 pessoas com perturbações globais do desenvolvimento no quadro do autismo.

Para os pais que desconfiam que o seu filho possa sofrer de autismo, conseguir um diagnóstico da patologia nem sempre é fácil. Sobretudo, porque os sintomas associados à doença podem ser difíceis de detetar em crianças com menos de três anos, e geralmente o diagnóstico só é possível por volta dos cinco.

Todavia, está a ser desenvolvido um estudo pela Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, com o intuito de auxiliar os pais e os médicos a identificarem os sinais mais cedo, quando a criança é ainda bebé.

Um questionário criado pela universidade, denominado de ‘Psychological Development Questionnaire (PDQ-1)’, é segundo os investigadores capaz de diagnosticar o autismo com 88% de exatidão.

O teste pede aos pais para estarem atentos às reações e para o comportamento em geral da criança: se o bebé aponta ou gesticula, se responde ao seu nome, se gosta de brincar ao esconde-esconde, se fala ou se relaciona com os outros.

Se os pais responderem mais ‘não’ do que ‘sim’ às questões colocadas, a pontuação no teste será considerada baixa, indicando que a criança poderá estar nesse espetro, sendo de seguida encaminhada para uma avaliação mais profunda.

O estudo avaliou 1959 crianças, de idades compreendidas entre os 18 e os 36 meses, à partida nenhuma delas registava problemas de desenvolvimento.

O coordenador da experiência e professor de pediatria na Universidade de Rutgers, Walter Zahorodny, afirma: “a disponibilidade de testes válidos e eficientes como o PDQ-1, pode melhorar a nossa habilidade para detetar mais rapidamente a patologia nos mais novos e acelerar assim a capacidade de intervenção dos clínicos”.

“Porém, o diagnóstico do autismo têm que ser feito através de uma avaliação profunda, feita por um profissional”, alerta Zahorodny. “Estes testes são fundamentais numa primeira fase, mas não são suficientes”.

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