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Doze mitos e verdades sobre a SIDA

Esclareça as dúvidas mais frequentes sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Doze mitos e verdades sobre a SIDA
Notícias ao Minuto

16:20 - 01/12/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Doença

Apesar da evolução nas formas de tratamento e prevenção, a síndrome da imunodeficiência adquirida, mais conhecida pela sigla SIDA (do inglês “acquired immunodeficiency syndrome”), continua a ser uma preocupação da população a nível mundial.

Os dados mais recentes apontam para que existam, no mundo, em média, 1,9 milhão de adultos que, a cada ano, foram infectados com o VIH desde 2010.

Apesar de se ter tornado mundialmente conhecido desde que foi descoberta, há 30 anos, o VIH ainda deixa muitas dúvidas. A Dra. Maria Amélia de Sousa Mascena Veras, médica e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), esclarece o que é mito e o que é verdade em relação à síndrome.

O vírus VIH pode ser transmitido por um beijo, abraço ou aperto de mão?

Mito. O vírus VIH é transmissível apenas por contato sexual ou pelo sangue.

É possível contrair o vírus VIH através do sexo oral?

Verdade. Embora o risco seja significativamente menor, se comparado com outras modalidades de sexo (anal e vaginal), a probabilidade aumenta se houver alguma ferida aberta ou ejaculação na boca.

Todo o portador de VIH tem SIDA?

Mito. Não necessariamente. VIH é o vírus, que pode ou não se manifestar em sua síndrome (SIDA).

O diagnóstico é feito apenas por exames de sangue?

Mito. Além do teste sanguíneo, já existe o teste de fluído oral, que é capaz de detetar a presença de anticorpos para o VIH na saliva.

Se o exame der negativo pode respirar-se de alívio?

Mito. Se o exame der negativo, existe uma hipótese muito grande de a pessoa não estar infetada. Porém, se a pessoa tiver tido alguma exposição ao VIH durante o período chamado janela imunológica – período que o organismo necessita para desenvolver anticorpos detectáveis nos exames –, pode, sim, haver infeção com resultado negativo.

É preciso lembrar que, para os testes disponíveis no sistema público de saúde, considera-se como janela imunológica o período de 30 dias após situação de risco. Caso a pessoa acredite ter estado exposta durante esse período, recomenda-se repetir o teste 30 dias depois.

É possível contrair o vírus VIH em estúdios de tatuagem, manicures e consultórios de dentista?

Verdade. Além de outras infecções graves como hepatites. Por isso, é necessário que todos os aparelhos utilizados sejam descartáveis ou estejam devidamente esterilizados antes de serem utilizados novamente.

Portadores de VIH, mesmo fazendo o tratamento correto, morrem mais cedo do que as pessoas que não estão infetadas?

Talvez. Portadores de VIH têm um risco maior de desenvolver problemas de saúde como infeções oportunistas (tuberculose, toxoplasmose etc.) e alguns tipos de cancro. No entanto, pessoas que iniciam o tratamento cedo e o fazem da maneira correta, diminuem significativamente esses riscos. Atualmente, há muitas pessoas que vivem com VIH que têm a mesma expetativa de vida de pessoas não-infetadas.

Mulheres seropositivas podem engravidar sem que o vírus VIH seja transmitido?

Verdade. Se já estiverem em tratamento ou o iniciarem o quanto antes, o risco de transmissão para o bebé reduz-se a quase zero.

É preciso haver penetração para a transmissão do VIH?

Mito. O VIH tem diversas formas de transmissão, inclusive pelo sangue. No entanto, o sexo com penetração é um dos que oferecem maior risco, especialmente se houver ejaculação ou feridas abertas em qualquer um dos órgãos envolvidos (pénis, ânus ou vagina).

Os novos cocktails de drogas fizeram da SIDA uma doença crónica como a hipertensão?

De certa forma, sim. Isto significa que a probabilidade de alguém que adere ao tratamento da maneira correta desenvolver SIDA é mínima. No entanto, é preciso lembrar que interromper o tratamento vai fazer com que o vírus se volte a multiplicar, além de favorecer a sua mutação em formas mais resistentes aos medicamentos disponíveis.

Os preservativos são 100% confiáveis?

Mito. Nenhum método de prevenção é 100% eficaz. O preservativo, contudo, confere um grau de proteção muito alto, próximo a 100%, se utilizado da maneira correta. Recomenda-se, especialmente no sexo anal, que ele seja utilizado com um gel lubrificante à base de água, uma vez que o ânus não possui lubrificação natural e o preservativo pode romper-se com o atrito.

Quem tem uma relação estável pode dispensar o preservativo?

Esta é uma decisão que tem de partir de cada casal. Se ambos forem seronegativos e mantiverem uma relação estritamente monogâmica (isto é, sem outros parceiros), não há qualquer possibilidade de infecção pelo VIH. Se um ou ambos os parceiros possuírem o VIH, recomenda-se o uso do preservativo para evitar a infecção do parceiro VIH negativo ou a reinfeção no caso de uma pessoa VIH positivo. Em casais com relacionamentos abertos, o preservativo também deve estar presente como coadjuvante na redução de riscos.

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