Só 40% das crianças portuguesas comem as frutas e legumes recomendados
Estudo da APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil vem revelar que o consumo está abaixo das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Uma alimentação saudável é uma alimentação que pauta pela diversidade, pelo equilíbrio e por uma maior inclusão de alimentos de origem vegetal. No caso das crianças, isso resume-se a uma deita que inclua boas fontes de proteína (peixe, carnes magras e leguminosas, por exemplo), uma escolha inteligente de hidratos de carbono (preferencialmente complexos) e a inclusão de gorduras boas (como o azeite virgem extra, os frutos secos e o abacate). Mas, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), os miúdos devem ainda comer três porções de frutas e duas de legumes por dia. Algo que os miúdos portugueses não fazem.
De acordo com a recente investigação APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, que nos chegou através de um comunicado, 65% das crianças portuguesas entre os dois e os 10 anos não comem as frutas e legumes necessárias.
De acordo com o estudo, que se insere no projeto 'Heróis da Fruta', em que as crianças foram acompanhadas por 12 semanas, "85,8% dos alunos almoça diariamente no refeitório da escola e que mais de metade desses alunos (54,5%) que refere não incluir legumes no prato também não chega a atingir a recomendação da OMS para a ingestão de pelo menos duas porções de legumes por dia", lê-se no comunicado.
Conta ainda a investigação - que vai de encontro com um recente relatório da OMS em que Portugal constava no top 5 de países com mais jovens obesos -, são as crianças entre os seis e os sete anos as que se afastam mais das recomendações diárias da OMS, apresentando, por isso, um consumo deficiente de frutas e legumes. Os resultados obtidos revelam também que as crianças obesas são as que menos legumes ingerem, "com uma prevalência de 38,3% de consumo inferior às recomendações".
No que diz respeito à localização das crianças, o consumo destes alimentos de origem vegetal mostrou-se menor na região dos Açores (84%), seguindo-se o Algarve (78,2%), a região da Madeira (69,8%), a região de Lisboa e Vale do Tejo (66,8%), as regiões do Norte e do Alentejo (ambas com 63,4%) e a região Centro (62,5%), dá conta a mesma nota.
Ao longo das 12 semanas de estudo, os investigadores portugueses conseguiram incutir melhores hábitos às crianças, tendo-se verificado no final da investigação que "globalmente 41,9% das crianças aumentou o seu consumo diário de fruta". Mas não só. Salienta ainda a nota enviada às redações que "43,3% das crianças terminaram a sua participação no projeto com um consumo de fruta de acordo com as recomendações, correspondendo a uma subida de 12,2% comparativamente com os hábitos de consumo que mantinham no momento inicial do projeto. Todas as regiões verificaram um aumento da prevalência de crianças a reportarem consumir três ou mais porções de fruta após a implementação do projeto".
O estudo contou com a participação de 17.698 crianças com idades entre os dois e os 10 anos, alunas de 388 estabelecimentos de ensino.
Fique a par dos truques que a ciência quer que coloque em prática para os miúdos comerem mais frutas e vegetais todos os dias.
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