A falta de tempo para brincar pode prejudicar as crianças

A pedopsiquiatra Maria Laureano destaca que “brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento saudável da criança”.

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Notícias ao Minuto
20/08/2017 11:00 ‧ 20/08/2017 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Pedopsiquiatra

É comum observar o uso da palavra brincar quase de forma indiscriminada no dia-a-dia, e até com um tom pejorativo, como quando alguém é repreendido por estar a brincar em vez de fazer uma tarefa.

No entanto, como destaca Maria Laureano, pedopsiquiatra na Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra, “brincar apresenta-se como uma atividade fundamental para o desenvolvimento saudável da criança.”

Numa opinião veiculada ao Notícias ao Minuto, a especialista revela que “é através do brincar que as crianças aprendem a compreender o mundo, a conceptualizar soluções para os problemas, a desenvolver a linguagem, a cognição e a capacidade de se relacionarem com os outros.”

“No contexto social atual, numa tentativa de oferecer às crianças atividades que lhes permitam desenvolver competências físicas e intelectuais, parece que nos vamos esquecendo de lhes dar tempo de brincadeira livre, onde possam ir mentalizando e refletindo as suas vidas internas e relacionais. Está muitas vezes subjacente o receio de que a ausência de atividade concreta possa levar a comportamentos disruptivos e início de atividades “perigosas”. Porém, a ausência de tempo para brincar é um fator de risco importante para alterações do desenvolvimento e surgimento de sintomas psiquiátricos.

Em paralelo, as crianças de hoje despendem uma quantidade crescente do seu tempo em atividades que implicam a utilização de um ecrã (televisão, vídeos e jogos no PC, tablet ou smartphones). Esta utilização tem vindo a ser associada a atrasos no desenvolvimento da linguagem e a comportamento agressivo. É, por isso, importante transmitir às crianças conceitos saudáveis do uso digital e os pais desempenham um papel essencial no ensino dos mesmos.

E as brincadeiras em família? Famílias que brincam juntas, aprendem juntas. A participação das famílias incentiva as interações sociais, fortalece as ligações afetivas e a transmissão de ensinamentos. É uma boa maneira de os pais demonstrarem atitudes e valores familiares, uma oportunidade de compartilharem as suas próprias experiências e de compreenderem como os filhos se estão a desenvolver. Brincar é por isso fundamental no desenvolvimento da criança, da família e da sociedade.”

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