Nunca é agradável (ou fácil) quando se ouvem críticas de alguém de quem se gosta, principalmente quando quem as dá não ‘doura a pílula’. No círculo familiar, esse hábito não é – regra geral – sujeito a grande escrutínio porque, quando feito com amor, chama-se educação. E educação bem dada é amor.
No entanto, no círculo de amigos as coisas não são assim simples. As personalidades, as suscetibilidades, os melindres. Manter um amigo e ser-lhe fiel ao ponto de ser verdadeiro não é tarefa fácil. Um caminho tranquilo é manter as opiniões para si mesmo e ter ‘mão de veludo’ para todos de igual forma, concordar, acenar com a cabeça, sorrir. Mas quão amigo é este amigo?
Um novo estudo da Universidade de Plymouth, citado pelo New York Post, debruçou-se sobre este tema e concluiu que aqueles que por vezes magoam um amigo com uma palavra mais dura não têm necessariamente intenção de magoar. A intenção é, na realidade, ajudar o amigo a longo prazo.
Os cientistas daquela universidade britânica fizeram uma sondagem junto de 140 pessoas, sendo esta amostra questionada sobre várias situações hipotéticas.
“Identificamos vários exemplos do dia a dia onde isto pode ser o caso – por exemplo, causar um sentimento de medo de falhar numa pessoa que se gosta, estando essa pessoa a procrastinar ao invés de estudar para um exame”, indicou Belén López-Pérez, cientista psicológica.
A investigação concluiu, assim, que aqueles que eram mais duros com os seus parceiros apresentavam também uma probabilidade maior não só de terem mais empatia com essa pessoa, como de quererem que seja bem sucedida.