Em termos gerais o exercício físico é extremamente benéfico e fundamental para promover a saúde, a longevidade e a qualidade de vida.
Mas, apesar de todos os benefícios, é possível que o exercício também tenha um impacto negativo na saúde, se o praticar de forma errada ou não der tempo ao seu corpo para recuperar.
É sabido que o exercício físico contribui para o aumento da densidade mineral óssea, fortalecendo os ossos, mas um estudo recente Natural Sciences and Engineering Council do Canadá sugere que os treinos prolongados e de alta intensidade, especialmente nos casos dos atletas de elite, poderão reverter esses benefícios.
Para este estudo os investigadores da Brock University, no Canadá, monitorizaram as mudanças nos níveis de osteoprotegerina (OPG, uma proteína que dificulta a perda mineral óssea) e esclerostina (SOST, uma proteína que obstruí a formação de novos ossos) em treinos de atletas de remo femininas para os Jogos Olímpicos de 2016.
Descobriram, ao medir as amostras de sangue das atletas, que os níveis de SOST flutuaram, atingindo os níveis mais altos durante o treino mais intenso e os mais baixos durante os treinos menos intensos.
A partir destes resultados, como reporta o site da Reader’s Digest, os investigadores teorizam que ao longo de um período de tempo prologado (duas a três semanas), múltiplos treinos intensos sem períodos para a adequada recuperação do corpo podem levar a um aumento contínuo da inflamação e interferir com a reconstrução óssea.