Quando um dos nossos melhores amigos começa a treinar de forma regular é quase inevitável não entrar no mesmo ritmo. O mesmo acontece com a corrida – até de uma forma mais clara – e a ciência concluiu agora que o running pode ser, na verdade, contagioso.
Publicado na revista Nature Communications, o estudo levado a cabo pelo MIT Sloan School of Management – o maior sobre o tema até à data e com mais de um milhão de participantes – revela que a partilha de informação sobre o treino através de aplicações móveis faz com que as pessoas não só treinem mais, como se influenciem umas às outras, numa espécie de contágio social.
Na prática, conta o The New York Times, as pessoas tendem a correr mais vezes, mais longe e mais depressa se os amigos usarem as mesmas aplicações onde partilham os resultados de cada treino. Este efeito de contágio é visível em todo o tipo de atividade física, mas o estudo acabou por concentrar-se mais na corrida, uma vez que era a modalidade mais praticada pela maioria dos participantes.
Diz o estudo que por cada quilómetro corrido por uma pessoa, os restantes amigos e parceiros de ‘app’ corriam meio quilómetro a mais. E por cada dez minutos de corrida a mais, verificava-se um aumento de cinco minutos no tempo corrido pelos colegas.
Uma vez que o estudo concluiu também que a obesidade pode ser contagiosa entre amigos – isto é, os maus hábitos alimentares podem enraizar-se no leque mais próximo de ligações -, o contágio associado à atividade física é um aspeto positivo, pois não só ajuda a criar novos e melhores hábitos, como promove uma melhor qualidade de vida e saúde.
