Um dos momentos de maior orgulho para as crianças é quando aprendem a ler. Assim que são capazes de interpretar uma ou mais frases começam a passear os livros pela casa, a ler tudo o que são rótulos e até mesmo os títulos noticiosos que aparecem em rodapé nos telejornais. Mas o hábito de leitura nem sempre perdura.
Embora existam formas bastante simples e eficazes de incentivar os mais novos a lerem mais, a vergonha de possíveis julgamentos por má leitura faz com que se sintam inseguros e desconfortáveis e, por isso, prefiram não ler, muito menos à frente de outras pessoas ou crianças. E se a leitura em voz alta for feita na presença de um cão?
Diz uma recente publicação feita no site The Conversation que os cães podem ser, de facto, os melhores ‘professores de leitura’ das crianças e tudo porque não julgam e prestam sempre atenção (pelo menos aos olhos dos mais novos). Além disso, têm um poder nato de acalmar e deixar qualquer pessoa confortável.
Conta a publicação que o recurso a cães para tratar de problemas de leitura nas crianças surgiu em 1999 nos Estados Unidos e rapidamente saltou para outros países, incluindo Portugal. Embora continue a ser pouco comum por cá, a terapia assistida com cães é uma realidade na Escola Básica n.º 79 e na Escola Básica Fernanda de Castro. Nestes dois estabelecimentos de ensino, Pi, um Golden Retriever, tem a simples função de espalhar amor e atenção ao que as crianças leem, sem as julgar ou corrigir.
Mas Pi não é o único professor de leitura de quatro patas em Portugal. Como lhe contámos aqui, Benny e Pippa são dois ouvintes natos. Ficam deitados no chão a escutar as crianças do 3.º ano da Escola Básica n.º 1 de Silves. Estes dois cães são os protagonistas do projeto ‘Ler Cão-fiante’.
