Respirar fundo é o conselho que todos nos dão e que até nós damos a quem precisa de acalmar. Muitos de nós podem dizê-lo por experiência própria, mas também porque assim nos ensinaram e porque assim dizem os livros e os filmes. Mas, porque é que respirar fundo nos acalma?
A questão foi colocada pela Universidade de Stanford, que decidiu analisar o impacto da respiração profunda nos níveis de stress e ansiedade, concluindo que, de facto, respirar fundo acalma qualquer alma... e tudo à boleia da ação dos neurónios.
O estudo, conta o The New York Times, foi realizado num pequeno grupo de ratos de laboratório (que têm um tipo de respiração idênticos à dos humanos) e detetou que existe uma ligação intensa e profunda entre o ato de respirar, pensar, comportar e sentir.
Com o recurso a mecanismo de deteção genética, os investigadores conseguiram identificar 175 células cerebrais que controlam o humor das pessoas. Após esta fase de monitorização, conseguiram ainda simular momentos de stress nos ratos, depois destes terem sido afetados com vírus que interfeririam na capacidade respiratória e com o stress (que deixava de existir).
Publicado recentemente na revista Science, o estudo concluiu que determinados neurónios são capazes de ‘dizer’ ao corpo que está na hora de acalmar, conseguindo mesmo ter um poder relaxante. Na prática, estes neurónios presentes no tronco encefálico ligam o ato de respirar ao relaxamento, à atenção, à excitação e ainda à ansiedade, atuando em cada um destes fatores conforme foi o ato de respirar (se profundo, se ao estilo bocejo, se sob a forma de soluço, se consequência de um riso, se ofegante, etc.).
Agora que já sabe porque é que ficamos mais calmos quando respiramos fundo, aprenda a fazê-lo da melhor forma.