Crianças de todo o mundo adoram brincar às escondidas. No entanto, algumas parecem ser muito más neste jogo, achando que basta tapar-se com um cobertor ou tapara os olhos para que ninguém as consiga ver. Já reparou nisto?
Os psicólogos acreditavam que as crianças se ‘escondiam’ tapando os olhos porque confundiam a sua falta de visão com a dos outros – ou seja, se elas não conseguem ver os outros, os outros também não os conseguem ver a elas.
Mas estudos na psicologia do desenvolvimento cognitivo começam a lançar dúvidas sobre esta noção de ‘egocentrismo’ infantil.
Como reporta o Daily Mail, ao que parece as crianças não só acreditam que ficam invisíveis quando tapam os olhos, como acreditam e dizem deixar de ver os outros quando estes fazem o mesmo. E o mesmo acontece quando tapam a boca ou os ouvidos, acreditando não só que não conseguem falar ou ouvir quando o fazem, como que aos outros sucede o mesmo.
Mas como é que a criança diz não ver a outra pessoa à sua frente só porque esta tapou os olhos? Ao que parece as crianças pequenas, com menos de seis anos, consideram o contacto visual mútuo um requisito para uma pessoa ser capaz de ver outra.
Ou seja, para elas “Eu consigo ver-te apenas se me conseguires ver também”, e vice-versa. Fazendo da sua perspetiva de invisibilidade, uma ideia bidirecional: a não ser que duas pessoas tenham contacto visual, é impossível que uma veja a outra.