Formigueiro ou sensação de choques? Pode sofrer de neuropatia diabética

Mais de um milhão de portugueses entre os 20 e os 79 anos sofrer de diabetes. A neuropatia diabética é a complicação microvascular mais comum desta doença crónica.

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Vânia Marinho
01/11/2016 09:03 ‧ 01/11/2016 por Vânia Marinho

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Novembro é o Mês da Diabetes e a farmacêutica Merck aproveita para alertar para o problema da neuropatia diabética.

A neuropatia diabética é a complicação microvascular mais comum da diabetes e caracteriza-se por danos e disfunção dos nervos periféricos. Os sinais e sintomas mais comuns incluem dormência, sensação de queimadura, formigueiro, pontadas, choques, desconforto ou dor ao toque e perda de sensibilidade principalmente em algumas zonas do corpo como as mãos, os braços, os pés e as pernas.

Aprofunde: Sente um formigueiro nas mãos? Esteja atento a estas quatro doenças

Existem vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da neuropatia diabética, considerando-se a presença de valores sanguíneos de açúcar anormalmente elevados (hiperglicemia) o principal fator responsável pelo desenvolvimento desta lesão dos nervos. Para além da hiperglicemia, outros mecanismos como o stress oxidativo e a diminuição da irrigação sanguínea das células nervosas desempenham um papel importante na lesão vascular e nervosa, levando ao aparecimento de neuropatia.

Segundo um estudo, a taxa de regeneração nervosa em doentes diabéticos está também diminuída, mesmo antes do aparecimento dos sintomas, destaca a Merck em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

A neuropatia compromete a qualidade de vida dos doentes, sendo caracterizada por vários sintomas como:

Dormência. O doente não sente os membros ou sente uma dormência/formigueiro.

Dor intensa. Que surge inesperadamente e de um modo agudo, semelhante a um choque elétrico.

Perda de coordenação. Pode verificar-se quando são afetadas fibras nervosas de grandes dimensões e devido ao desenvolvimento de fraqueza e/ou atrofia muscular.

Feridas e bolhas. Os doentes magoam-se sem que se apercebam, podendo desenvolver infeções graves.

Alodinia. Sensibilidade extrema ao toque. Por exemplo, o contacto com o lençol torna-se pesado e doloroso.

De acordo com um estudo publicado em 2012, doentes com diabetes tipo 2 apresentam frequentemente níveis deficitários das três vitaminas neurotróficas B (B1, B6 e B12).

Saiba mais: Seis sinais que indicam que o corpo tem falta de vitaminas

E como se trata a neuropatia diabética? O controlo rigoroso da glicemia (valores de açúcar no sangue) pode prevenir ou atrasar o desenvolvimento das lesões nervosas e melhorar os sintomas, no entanto a recuperação é lenta. A associação de vitaminas do complexo B contribui para os processos de regeneração das fibras nervosas lesadas, o que origina uma melhoria na recuperação funcional do nervo.

Em casos de neuropatia mais graves são também utilizados medicamentos que atuam no sistema nervoso para controlar os sintomas, nomeadamente a dor. Os doentes com diabetes devem ainda praticar exercício físico, controlar a dieta, aumentar o cuidado com os olhos e com os pés, controlar o stress e evitar o consumo de álcool e tabaco, para prevenir problemas associados à doença.

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