Mais liso, mais encaracolado, sedoso ou encrespado, loiro, castanho, preto, ruivo, curto ou comprido. O tipo de cabelo não revela apenas os cuidados que cada pessoa tem com os próprios fios, pode ser também um espelho fiel do seu estado de saúde… presente ou futuro.
A cor natural do cabelo é determinada pelos genes que passam de pais para filhos e que podem sofrer uma ou outra alteração nesta passagem de ‘testemunho’. E são essas possíveis alterações (ou ausência das mesmas) que podem indicar a iminência de alguns problemas de saúde (e a probabilidade de ter cabelos brancos mais cedo do que espera, como lhe contámos aqui).
Este ano, um estudo levado a cabo em conjunto pelo Wellcome Tust Sanger Institute e pela Universidade de Leeds veio revelar que as pessoas ruivas têm uma maior probabilidade de sofrer de cancro da pele do que as pessoas com os fios loiros ou castanhos. Falamos de uma possibilidade desta doença se desenvolver 42% mais rapidamente.
Também as pessoas com cabelos ruivos (entre 1% a 2% da população mundial) são mais sensíveis à dor, como indicou um estudo de 2009, que conclui que esta maior sensibilidade se deve a uma variação genética comum às pessoas ruivas e que faz com que necessitem de maiores níveis de anestesia em consultas de dentista ou cirurgias.
No que toca à visão, a perda gradual a longo prazo é mais comum entre pessoas loiras e ruivas, uma vez que possuem uma maior sensibilidade aos raios solares (muito por culpa da cor clara dos olhos que é comum nas pessoas com o cabelo destas duas cores).
Não querendo fazer das pessoas ruivas o ‘elo mais fraco’, a revista volta a colocar as ‘cabeças vermelhas’ no topo dos riscos para a saúde, tendo um estudo revelado que os cabelos ruivos estão relacionados com um maior risco de doença de Parkinson depois dos 70 anos, embora a verdadeira causa desta associação não seja ainda conhecida.
Sabia que a cor de cabelo também pode revelar alguns aspetos sobre a sua vida sexual?