O desenvolvimento dos sentidos acontece de forma gradual nos bebés, começando nas primeiras três/quatro semanas de vida ainda na barriga da mãe.
Para tentar decifrar como tudo acontece, o site do jornal espanhol El Mundo criou uma cronologia que revela como a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato se desenvolvem.
Durante o período de gestação:
3-4 semanas: O ouvido começa a formar-se (audição).
7-8 semanas: O ouvido externo fica visível (audição), as pálpebras começam a formar-se (visão) e às oito semana a sensibilidade aparece na pele à volta da boca (tato).
12 semanas: Forma-se a cavidade nasal (olfato), as pálpebras estão completamente formadas mas mantêm-se unidas para proteger os olhos (visão) e surge a sensibilidade na face, na área genital, nas palmas das mãos, na sola dos pés e na região superior do tórax (tato).
16 semanas: O nariz está completamente formado, mas ainda obstruído não permitindo cheirar (olfato).
21 semanas: O bebé é capaz de detetar alguma luz, mesmo mantendo as pálpebras fechadas (visão). A sensibilidade estende-se até às nádegas e abdómen (tato).
25 semanas: Os ouvidos começam a dar ‘sinais de vida’, reagindo a sons baixos (audição), as pálpebras abrem e são desenvolvidas (visão) as papilas gustativas na língua (paladar).
29 semanas: O bebé é capaz de ouvir alguns sons (audição), o nariz é capaz de cheirar (olfato) e surge a sensibilidade à dor (tato).
32-35 semanas: Os olhos são capazes de reagir à luz (visão) e a sensibilidade é comum em todo o corpo, à exceção da coroa (tato).
37 semanas: O bebés responde à luz com todo o corpo.
Recém-nascido:
Assim que nasce, o bebé sofre de surdez momentânea (audição) e o cheiro do líquido amniótico permite que o bebé seja capaz de cheirar o leite materno (olfato).
O bebé é capaz de apreciar mudanças de temperatura (tato) e usa a boca para explorar tudo (daí o hábito de colocarem tudo na boca nos primeiros meses de vida).
Ainda recém-nascido, o bebé é já capaz de distinguir o doce, o azedo e o amargo (paladar).
A visão apenas é possível em distâncias curtas (entre 20 a 30 centímetros) e apenas permite perceber contrastes de luz.
Um mês de vida:
O bebé tem um limiar de audição de 13,5 dB, uma frequência ligeiramente superior à de um adulto, diz a publicação.
Dois meses de vida:
Começa a ser capaz de reagir aos objetos colocados nas mãos, segurando-os (tato). A concentração começa a desenvolver-se, mesmo que não esteja a olhar fixamente para um objeto (visão).
Três meses de vida:
O limiar de audição passa a ser 5dB maior do que o de um adulto e o bebé começa a ser capaz de apreciar as diferenças de rostos e gestos, acompanhando os movimentos (visão).
Com este tempo de vida, o bebé passa também a ser capaz de distinguir odores e de perceber a intensidade dos mesmos (olfato).
Quatro meses de vida:
O bebé começa a apreciar o salgado (paladar) e a visão passa a ser binocular, o que faz com que seja capaz de imitar o que vê (visão).
Cinco meses de vida:
O sentido do paladar começa a desenvolver-se mais intensamente, à boleia da introdução de alguns alimentos sólidos e o bebé adquire a visão tridimensional, conseguindo antecipar ameaças.
Seis meses de vida:
Sente prazer aos ouvir sons e tende a imitá-los (audição) e passa a conseguir ver com precisão a uma maior distância, reconhecendo formas e pessoas (visão).
Sete meses de vida:
Começa a explorar o próprio corpo, levando os pés e as mãos à boca (tato) e é capaz de diferenciar sombras (visão).
Oito meses de vida:
O gosto pela música desenvolve-se (audição) e o bebé é capaz de reproduzir algumas sílabas.
Dez meses de vida:
O bebé começa a reconhecer o próprio nome e é capaz de entender a palavra ‘não’.
Onze meses de vida:
O bebé já repete sons (audição) e é capaz de dizer ‘pai’ e ‘mãe’, podendo não o fazer.
Após o primeiro ano de vida:
O seu limiar de audição é apenas 2dB maior do que o de um adulto e a sua visão e quase comparável à de um adulto, embora a plenitude seja atingida apenas aos dois anos de idade.