As cirurgias cardíacas acontecem para reparar danos no próprio coração, nas artérias a que está ligado ou para a substituição do próprio órgão, no caso de transplante. A cirurgia pode ser necessária independente do sexo e da idade.
O pós-operatório deste tipo de cirurgia cardíaca requer alguns cuidados e para que seja satisfatório e sem sustos é preciso ter em conta algumas ideias-chave, diz o coordenador de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro, Elcio Pires Junior.
De acordo com o médico, “a maior parte dos cuidados” pós-operatórios são semelhantes, principalmente em relação à cicatrização e à realização de atividades. “Porém, existem particularidades para cada pós-operatório que dependem da doença prévia, do grau de comprometimento da função cardíaca, do procedimento realizado, das doenças associadas, etc. Assim, as atenções devem ser individualizadas para cada paciente e situação”, explica.
Os primeiros 30 dias, diz, “são os mais importantes, pois a maior parte da cicatrização ocorre neste período”. Evitar esforços físicos, como pegar em pesos, subir escadas, ter atividades sexuais ou conduzir devem ser evitadas neste período.
Contudo, o pós-operatório pede também cuidados alimentares: “ principalmente para os pacientes previamente diabéticos e com dislipidemia (aumento de colesterol e/ou triglicérides) devem evitar doces, massas, frituras e gorduras”.
Mas, quais os sinais que deve voltar ao médico após deixar o hospital? Segundo o especialista, “observar o aumento das dores torácicas, falta de ar, alteração nas feridas cirúrgicas (como saída de secreções, vermelhidão, dor local), febre, etc.” são sinais de alerta e necessitam de uma avaliação do cirurgião.
Assim que cessa o período pós-operatório definido pelo médico (e que depende de pessoa para pessoa), “o paciente deve voltar ao seu cirurgião um mês após a realização da cirurgia, assim como ao seu cardiologista clínico, para realizar exames pós-operatório e avaliar as medicações em uso”.