De acordo com Mariana Santos, neurologista e neurofisiologista clínica no Hospital Lusíadas Lisboa “a diabetes é a principal causa de disfunção do sistema nervoso autónomo”.
“As complicações decorrentes desta doença provocam lesões no sistema nervoso periférico que inclui os nervos motores, sensitivos e o sistema nervos autónomo”, explica em comunicado.
E acrescenta: “Na diabetes, os testes de avaliação do sistema nervoso autónomo, são bastante úteis permitindo o diagnóstico e a determinação da gravidade das lesões”.
Sendo que a Associação Americana de Diabetes sugere a realização destes testes “ao fim de cinco anos após o diagnóstico de Diabetes tipo 1 e na altura do diagnóstico nos casos de Diabetes tipo 2”.
O tratamento da disfunção autonómica é em grande parte dependente da causa. “Quando o tratamento da causa subjacente não é possível, o médico irá tentar várias terapias para aliviar alguns sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes”.
Que podem passar por “medidas não farmacológicas (uso de meias de compressão elástica, aumento do consumo de líquidos, aumento do sal na alimentação, realizar refeições pequenas e frequentes, dieta pobre em gordura e rica em fibras, etc.) e fármacos”, esclarece a neurologista Mariana Santos.
O sistema nervoso autónomo tem o papel de aperfeiçoar constantemente o funcionamento dos órgãos e sistemas de órgãos de acordo com os estímulos internos e externos, bem como ajudar a manter a estabilidade e equilíbrio interno do corpo, através da coordenação de várias atividades como secreção de hormonas, circulação, respiração, digestão e excreção.
O Hospital Lusíadas Lisboa é “o único hospital privado do país a dispor de técnicas de estudo do sistema nervoso autónomo”, destaca a entidade no mesmo comunicado.