O prémio, na categoria de retalhistas para as superfícies interiores, distinguiu a parede de azulejos tridimensionais brancos, em forma losangular, no Restaurante Loco, de Alexandre Silva, cujo espaço foi idealizado pelo arquiteto João Tiago Aguiar.
"Fico contente pelo reconhecimento", disse a artista à agência Lusa, em Londres, onde se deslocou para assistir à cerimónia, sem saber se o projeto seria premiado, já que era um entre três finalistas.
A distinção, salientou, é "importante porque dá valor à criação artística" e porque promove uma tradição, não só portuguesa mas também inglesa, da cerâmica vidrada em paredes, sobretudo exteriores.
Maria Ana Vasco Costa contou como os azulejos foram criados à medida para este projeto, e produzidos de forma artesanal.
"Têm uma imprevisibilidade que faz com que todos sejam diferentes. Este prémio traz também um potencial para a cerâmica com características artesanais", saudou.
Maria Ana Vasco Costa, que no ano passado foi finalista do Mostyn Open, um prémio promovido pelo maior museu de arte contemporânea do País de Gales, os azulejos são uma vertente do seu trabalho artístico.
Formada em arquitetura, começou a carreira em ateliês de arquitetos como David Adjaye e Terence Conran, entre 2004 e 2008, tendo mais tarde, em 2009, frequentado a escola de artes visuais Ar.Co, em Lisboa, onde leciona atualmente.