Corrida: menos é mais?
Há quem corra por gosto, há quem corra porque precisa, há quem corra porque quer ser mais rápido e há quem corra para ir mais longe. Mas, menos não será mais?
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Lifestyle Treinos
Correr faz bem ao corpo e à mente, mas correr muito pode ser prejudicial ao cérebro… e não só.
Cruzar a meta de uma ultramaratona (com distância superior a 42 quilómetros) não é fácil e não é para todos. Além do desgaste físico, podem ocorrer as mais variadas alterações mentais, como alucinações ou perda parcial da visão.
Segundo concluiu um estudo da University Hospital of Ulm (Alemanha), o cérebro de um corredor fica mais pequeno quando se percorre uma ultramaratona. E só passados oito meses é que o cérebro recupera o seu tamanho normal.
Mas este não é o único exemplo de que, na corrida, menos é mais. As cartilagens dos joelhos e dos pés podem também ficar danificadas quando são feitas distâncias muito longas ou quando se pratica running sem o calçado adequado, como concluiu a mesma universidade alemã.
A nível cardíaco, diz um estudo norte-americano, os treinos de alta intensidade – em que se podem incluir as distâncias diárias de 10 ou 15 quilómetros – podem anular os benefícios da atividade física moderada.
Correr muitos quilómetros por semana pode também ser prejudicial para o sexo masculino, uma vez que o nível de sémen tende a ser menor.
A libertação de creatina quinase é também algo preocupante para as pessoas que correm longas distâncias, uma vez que esta enzima liberta-se para a corrente sanguínea quando os músculos estão em ruptura (o que pode acontecer durante uma maratona). Esta libertação pode causar danos renais e colocar a saúde em risco.
E agora a pergunta: na corrida, menos é mais? Sim. Para uma vida mais longa e mais saudável, o melhor é mesmo correr… mas com moderação.
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