A libido feminina é inúmeras vezes um campo incompreendido e cheio de grandes mitos.

A revista Harper’s Bazar falou com uma especialista em problemas relacionados com a libido feminina, especialmente durante a gravidez, a menopausa ou a depressão. A Dra. Nancy Simpkins tirou algumas dúvidas sobre o assunto.

1. Quanto mais testosterona, mais libido. Tradicionalmente associada aos homens, a testosterona tem um efeito poderoso no que toca ao apetite sexual da mulher. Esta hormona costuma ser mais presente nas mulheres mais novas, e a diminuição da libido na menopausa pode estar relacionada com a queda dos níveis desta hormona.

2. As mulheres atingem o auge sexual mais tarde do que os homens. A libido varia de acordo com cada um, mas há evidências suficientes para sustentar que, no geral, as mulheres atingem seu pico sexual aos 32 anos, enquanto os homens, aos 18. Isto tudo, claro, devido às hormonas.

3. Não existem comidas afrodisíacas. Não há provas científicas de que algum alimento tenha qualquer relação com o aumento do apetite sexual. Porém, como destaca Nancy Simpkins, “a ideia de jantar fora e de relaxar” pode ajudar.

4. Mas a dieta pode ajudar. Nancy Simpkins confirma que comer alimentos que aumentem ou promovam uma boa circulação sanguínea pode aumentar a libido. Por isso, vale a pena investir numa dieta com alimentos ricos em antioxidantes, como salmão, morangos, espargos, feijões e legumes.

5. Beba no máximo dois cocktails. O excesso de álcool pode ser um grande inimigo da libido, já que a bebida ‘relaxa’ o sistema nervoso. Porém, se a ansiedade tem prejudicado a sua vida sexual, pequenas doses de álcool — no máximo duas bebidas — podem ajudá-lo a relaxar.

6. O auge da libido dá-se durante a ovulação. A combinação de altos níveis de estrogénio e testosterona que ocorre durante a ovulação tem como resultado o aumento do desejo sexual. O que é ótimo, especialmente se estiver a tentar engravidar.

7. A gravidez aumenta o apetite sexual das mulheres. Isto deve-se ao aumento dos níveis de hormonas no sangue. Além disso, psicologicamente, não têm medo de engravidar, o que ajuda a mulher a ficar mais relaxada e a aproveitar mais.

8. Os antidepressivos não ajudam. A maioria dos medicamentos não interfere no desejo sexual, com a exceção dos antidepressivos e da pílula anticoncecional, que apesar de sobre esta última não haver um consenso científico, já alguns estudos indicam que diminui a libido, mas também há outros que sugerem que aumenta o desejo sexual.