E tudo gira em torno da aparência e daquilo que os outros poderão pensar sobre a aparência. A obsessão pela beleza e corpo perfeitos é grave e tem um nome: transtorno dismórfico corporal (dismorfofobia).
O bullying e a tendência das selfie podem ser, atualmente, os principais impulsionadores deste problema, que revela os seus primeiros sinais ainda na adolescência mas que, na verdade, não escolhe idades.
Diz a BBC que o medo de se parecer fútil ou vaidoso de mais leva a que a procura de ajuda seja cada vez mais tardia, ficando, assim, mais difícil o tratamento – que consiste na toma de antidepressivos (uma vez que este transtorno pode ter origem na ansiedade) e em sessões de terapia cognitiva-comportamental.
A cirurgia plástica é a forma mais prática que as pessoas encontram para mudar ou melhorar algo no próprio corpo e estima-se que, nos dias de hoje, 15% das cirurgias estéticas realizadas sejam feitas em pessoas portadoras deste transtorno e que fazem operações sem fim para ficarem ‘perfeitas’.
Os ideais de beleza impingidos pelo mundo da moda foram, até agora, os verdadeiros responsáveis pela obsessão das pessoas em querer um corpo e um aspeto melhor e sem esforço, apenas com o recurso a cirurgias estéticas. Mas as selfie podem ser as principais culpadas dos dias de hoje: lembra a BBC que as pessoas entre os 16 e os 25 anos perdem, em média, 16 minutos para conseguirem o autorretrato perfeito.