Segundo Francisco Mazon, pneumologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e vários tipos de cancro, a longo prazo, está relacionado com a quantidade de cigarros fumados ao longo dos anos, independentemente se estes foram consumidos no dia a dia ou só uma ou duas vezes por semana.
Francisco Mazon explicou ao site brasileiro UOL que quem fuma um cigarro por dia tem 40% mais probabilidades de sofrer um enfarte do que um não fumador, o fumador social que consome cerca de meio maço ao fim de semana entra, com certeza, nesta estatística dos 40%.
Problemas começam logo com os primeiros cigarros: Já no início do consumo, ainda é esporádico, o cigarro pode causar uma falta de paladar, cheiro e o escurecimento dos dentes. "Quem tem doenças respiratórias prévias, como asma, rinite e bronquite, ao fumar, pode desencadear crises mais persistentes", afirma o pneumologista Alexandre Kawassaki.
Álcool e cigarro, ressaca a dobrar: Há quem combine o álcool e o tabaca durante uma saída à noite, por exemplo, porque se sente mais relaxado. O cigarro é estimulante, enquanto o álcool tem um efeito calmante. Quando combinados as sensações misturam-se e isto “induz ainda mais a dependência química”, como explica o pneumologista Ciro Kilchenchtjen.
O bem-estar momentâneo tende a tornar-se em pesadelo horas depois deste consumo combinado. O cigarro potencia a ressaca do álcool.
O fumador social começa também a sentir a falta de nicotina no organismo, tal como os fumadores diários, o que provoca a diminuição dos reflexos, tonturas e enjoos.