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Quase 50% dos jovens adultos com problemas de saúde mental no último ano

No último ano, quase metade dos jovens adultos sofreram sintomas do foro mental, como ansiedade, burnout, ataques de pânico ou depressão, revela um estudo desenvolvido pela Marktest para a Medicare, divulgado no Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala esta sexta-feira.

Quase 50% dos jovens adultos com problemas de saúde mental no último ano

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Notícias ao Minuto
10/10/2025 15:00 ‧ há 9 horas por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Saúde mental

A saúde mental é tão importante como a saúde física, mas nem sempre é encarada com o mesmo nível de preocupação, desvalorizando-se, não raras vezes a sintomatologia associada. Embora essa perspetiva tenha evoluído ao longo do tempo e gradualmente venha a ser atribuída à saúde mental a importância que de facto tem, nunca é demais destacar o seu impacto.

 

A esse propósito, e por ocasião da passagem do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala esta sexta-feira, dia 10 de outubro, a seguunda edição do Estudo Nacional de Saúde - Estado de Saúde Geral da População Portuguesa, desenvolvido pela Marktest para a Medicare indica que, no último ano, quase 50% dos jovens adultos tiveram sintomas associados a problemas de saúde mental, de que constituem exemplo a ansiedade, burnout, ataques de pânico ou depressão.

Traçando um retrato das diferenças na forma como a saúde mental afeta os portugueses, o estudo dá conta de variações significativas entre faixas etárias e géneros, mostrando um fosso persistente entre a necessidade de apoio e o acompanhamento efetivo, uma elevada incidência de sintomas relacionados com a saúde mental e uma percepção generalizada de falta de valorização do tema no contexto profissional.

Mais de 30% da população afetada por sintomas do foro mental

Segundo os resultados da pesquisa, foram 34,6% os portugueses entre os 18 e os 64 anos que sofreram de problemas de saúde mental nos últimos 12 meses, observando-se uma incidência acima da média global nos jovens adultos: 49,8% entre os 18 e os 24 anos, e 41,7% entre os 25 e os 34 anos. 

Conclui também este estudo que quase um terço da população (29,7%) admitiu ter sentido necessidade de recorrer a um profissional de saúde mental no último ano, sendo que esta percentagem sobe para 42,1% na faixa etária dos 18 aos 24 anos, para 36,9% entre os 25 e os 34 anos, e para 37,7% consideradas apenas as respostas dos indivíduos do género feminino. 

Saliente-se que não obstante a necessidade sentida por cerca de 30% dos indivíduos de recorrer a um especialista em saúde mental no último ano, apenas 17,1% acabaram por ter uma consulta de especialidade.

Cerca de 60% entendem que saúde mental não é valorizada no trabalho

Também quase 30% dos portugueses (29,3%) afirmam não se sentir à vontade para falar sobre saúde mental com familiares ou amigos. A análise por faixas etárias permite perceber, porém, que os jovens dos 18 aos 24 anos manifestam maior abertura para discutir o tema, ao contrário dos restantes grupos etários.

O estudo mostra ainda que 41,7% das mulheres reportaram sintomas de ansiedade, burnout e depressão, entre outros, face a 27% dos homens. Nesta senda, acabam por ser as mulheres quem mais sente necessidade de procurar ajuda e recebe esse acompanhamento. 

Também cerca de 60% da população portuguesa considera que a saúde mental não é devidamente valorizada na empresa ou instituição onde trabalha, uma percepção particularmente evidente na faixa etária dos 45 aos 54 anos e entre aqueles que sentiram necessidade de procurar ajuda profissional ou tiveram sintomas. 

"A saúde mental é uma dimensão crítica do bem-estar e da produtividade. Quando seis em cada dez portugueses sentem que não é valorizada no trabalho, estamos perante um desafio também económico e social. O estudo evidencia essa realidade e mostra a importância de respostas acessíveis, incluindo soluções digitais que aproximam o apoio dos cidadãos”, conclui Filipe Freitas Pinto, diretor médico da Knok Healthcare, citado em nota de imprensa.

O Estudo Nacional de Saúde - Estado de Saúde Geral da População Portuguesa, é baseado numa amostra representativa da população portuguesa e permite cruzar resultados por género, região, idade e classe social, não só na saúde mental, mas também em dimensões como o sono, o stress, a utilização de serviços de saúde e comportamentos digitais na área da saúde, incluindo o uso da inteligência artificial.

Tendo em conta a dimensão e profundidade do Estudo desenvolvido pela Marktest para a Medicare, uma reconhecida fonte sólida e comparável sobre o estado da saúde em Portugal, as conclusões e resultados sobre estes indicadores serão divulgadas nos próximos meses.

Caracterização da amostra

Este estudo tem por base uma amostra de 953 inquiridos. A recolha da informação foi conduzida através de entrevistas online, junto de uma amostra representativa e proporcional ao universo em estudo – Portugueses entre os 18 e os 64 anos residentes em Portugal Continental. Este estudo resulta de um questionário estruturado, constituído por perguntas fechadas, desenvolvidas pela Medicare e revistas pela Marktest.

A Medicare

Com mais de 15 anos de experiência no mercado português, a Medicare democratizou o acesso à saúde privada para milhões de famílias. Empresa de capitais 100% portugueses, é líder na comercialização de Planos de Saúde com mais de 1 milhão e 400 mil clientes. Mais informações em medicare.pt 

Leia Também: (Des)construir a saúde mental: "Todos acham coisas, mas poucos sabem" 

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