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Os animais também têm depressão. Saiba identificar os sinais

À semelhança dos humanos, os animais vivem emoções intensas. Qualquer alteração na rotina, solidão prolongada, ausência de estímulos ou ambientes pouco adequados podem desencadear sinais de ansiedade e até quadros depressivos, explica uma especialista.

Os animais também têm depressão. Saiba identificar os sinais

© Shutterstock

Inês Monteiro
10/10/2025 19:47 ‧ há 16 horas por Inês Monteiro

Lifestyle

Animais

Fala-se cada vez mais da importância da saúde mental e da mais-valia que um animal de estimação pode representar durante o processo de construção de um ambiente emocionalmente estável. No entanto, alguns donos desconhecem o impacto, tanto positivo como negativo, que podem ter na saúde psicológica do seu animal.

 

No dia em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental, dia 10 de outubro, a médica veterinária Elena Díaz da Kiwoko conta algumas curiosidades sobre a maneira como os animais pensam e se relacionam. Desta forma, vai conseguir traçar um perfil psicológico do "patudo" que tem em casa.

Tanto cães, como gatos, aves, roedores ou peixes podem manifestar sinais de stress, ansiedade ou depressão quando o ambiente, a rotina ou o vínculo com o tutor são afetados. 

Compreender estas alterações comportamentais é fator essencial para a promoção do bem-estar, "prevenção e uma vida emocionalmente saudável para os nossos companheiros". "A observação de comportamentos como apatia, perda de apetite, isolamento ou agressividade pode ser o primeiro alerta de que algo não está bem", clarifica a especialista.

A saúde mental é tão essencial para os animais como para nós. Reconhecer as suas emoções, respeitar o seu ritmo e garantir ambientes equilibrados são passos fundamentais para prevenir alterações de comportamento e promover o verdadeiro bem-estar

Cães: Os mais sensíveis à ausência e à solidão

Os cães são especialmente sensíveis à ausência dos tutores e à quebra de rotinas. Quando se sentem sozinhos ou desocupados, podem desenvolver tristeza, apatia e ansiedade.

A prevenção começa pela criação de uma rotina previsível, que inclua passeios, brincadeiras e tempo de descanso. A socialização regular e o reforço positivo ajudam a fortalecer a autoconfiança e a reduzir o stress.

O tratamento de casos depressivos inclui o restabelecimento do vínculo com o tutor, o aumento de estímulos físicos e mentais e, quando necessário, acompanhamento comportamental e veterinário.

Leia Também: Porque sentimos dor pela morte de um animal que não é nosso?

Gatos: O stress como gatilho para o desequilíbrio emocional

O bem-estar mental dos gatos depende do controlo do seu território e da previsibilidade do ambiente. Mudanças súbitas, barulhos intensos ou solidão prolongada podem originar comportamentos depressivos ou ansiosos.

A prevenção passa por oferecer zonas seguras e elevadas, brinquedos que estimulem o instinto de caça e rotinas estáveis de alimentação e descanso.

Feromonas, enriquecimento ambiental e tempo de qualidade com o tutor são essenciais para gatos mais calmos e confiantes. O tratamento, quando necessário, pode envolver terapia comportamental e fármacos sob prescrição veterinária.

Pássaros: O silêncio pode ser sinal de tristeza

As aves são animais sociáveis e curiosos. O isolamento, a falta de estímulo e gaiolas pequenas podem causar frustração, automutilação e apatia.

Para cuidar da sua saúde mental, recomenda-se um ambiente rico em estímulos visuais e sonoros, interação diária com o tutor e períodos de voo controlado fora da gaiola. A presença de outros pássaros e uma alimentação variada também contribuem para o equilíbrio emocional.

Roedores: Pequenos animais, grandes emoções

Hamsters, coelhos e porquinhos-da-índia precisam de espaço para explorar, esconderijos seguros e estímulos que despertem o seu instinto natural. Quando privados desse ambiente, podem revelar sinais de stress ou apatia, tornando o enriquecimento e a estabilidade elementos essenciais do seu bem-estar mental.

A prevenção inclui gaiolas amplas, objetos para explorar e roer, rotinas de socialização e companhia adequada nas espécies que vivem melhor em grupo. Um ambiente enriquecido promove curiosidade e segurança.

Peixes: O ambiente como fator determinante

Os peixes também manifestam stress e desequilíbrio emocional quando vivem em condições inadequadas. A má qualidade da água, a ausência de esconderijos e o excesso de estímulos externos podem levá-los a isolar-se e a comer menos.

A prevenção baseia-se na manutenção rigorosa do aquário, com parâmetros ideais de pH, temperatura e iluminação, além de espaços que permitam comportamentos naturais. Um ambiente estável traduz-se num peixe saudável e ativo.

A especialista sublinha a importância do cuidado e amor que se deve dar diariamente ao animal de estimação. Sempre que surjam dúvidas ou alterações de comportamento, é aconselhável falar com um médico veterinário, de modo a avaliar cada caso e orientar para cuidados mais adequados.

Leia Também: Os cães também têm vícios e dependências? Saiba o que diz este estudo

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