Fazer um jantar de amigos ou convidar a família lá para casa traz sempre alguns desafios. Na hora de pensar ou fazer uma sobremesa, acaba sempre por comprar algo feito? Há um novo livro que promete ser uma salvação nesse sentido. Chama-se 'O que Há para Sobremesa?', é do chef Francisco Moreira, e chega às livrarias este mês de outubro.
Para muitos, a pastelaria e os doces acabam por ser 'um bicho de sete cabeças'. "Toda a gente adora sobremesas, mas nem todos adoram ao ponto de as tentar fazer", revela o chef em entrevista ao Lifestyle ao Minuto.
É um pouco para todas as pessoas - as que gostam de cozinhar e até as que não percebem muito do assunto - que chega o livro.
"As receitas foram pensadas, tanto a nível de ingredientes como de preparações, para serem acessíveis a toda a gente. Procurei que, independentemente dos gostos pessoais de cada um, fossem receitas verdadeiramente deliciosas e adaptadas a diferentes momentos do dia."
Na entrevista, Francisco Moreira revelou ainda como é que pode salvar uma sobremesa do desastre total e qual o erro que muitas pessoas cometem na cozinha e acaba por arruinar qualquer doce e receita.
'O que Há para Sobremesa?' (19,90€/Manuscrito Editora) é lançado a 8 de outubro© Manuscrito
Como surgiu a ideia de criar este livro?
Há algum tempo que tinha o desejo de lançar um livro. Sentia que tinha receitas e informação para partilhar e que havia espaço para fazê-lo. Fui anotando e testando ideias durante algum tempo até que, no ano passado, surgiu o convite da Manuscrito para trabalharmos juntos neste projeto. Depois disso fomos construindo o que é hoje este livro, sempre com a premissa de que queríamos receitas acessíveis, tanto do ponto de vista dos ingredientes, como das preparações.
Este é um livro que vai salvar muitos jantares em casa?
Quero acreditar que sim As receitas foram pensadas, tanto a nível de ingredientes como de preparações, para serem acessíveis a toda a gente. Procurei que, independentemente dos gostos pessoais de cada um, fossem receitas verdadeiramente deliciosas e adaptadas a diferentes momentos do dia.
O que foi mais complicado no processo deste livro?
Sendo profissional, acho que o mais desafiante é colocar-se na óptica de quem não tem experiência, mas gosta de se aventurar na cozinha. Eu posso ter as propostas mais criativas mas, se as pessoas se sentirem ‘assustadas’ ao ver a receita, não estou realmente a incentivá-las. Isso obrigou-me a pensar de uma forma diferente à qual estou habituado.
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Como foi feita a escolha das receitas?
A única regra que me coloquei a mim mesmo foi que as receitas deste livro fossem algo com o qual eu me identificasse verdadeiramente, esse foi o fio condutor. Quis também que houvesse variedade: formatos e texturas diferentes e para diferentes momentos do dia. Depois de escrever todas as ideias que tinha, e em conjunto com a equipa da Manuscrito, fomos vendo como agrupá-las e quais deviam estar e quais não.
Qual é a sobremesa que não podia deixar de ter neste livro?
Terei que responder cheesecake basco. É uma receita que adoro e que é super simples de fazer, por isso tinha que estar presente.
Como se distingue do outro livro que já tinha lançado?
O livro dos Doces do Ofício foi um seguimento do que era o programa. A identidade visual e a seleção das sobremesas segue o conceito dos episódios da série. A diferença é que este livro acaba por ser mais pessoal, sendo que estive envolvido em todas as etapas de execução do mesmo.
A pastelaria ainda é um 'bicho de sete cabeças' para algumas pessoas?
Sim, sem dúvida. Toda a gente adora sobremesas, mas nem todos adoram ao ponto de as tentar fazer. Os que têm gosto e interesse, acho que acabam por perceber que, se respeitarem os passos e as quantidades, corre tudo bem.
Qual é o principal erro que as pessoas cometem quando estão a fazer sobremesas?
A pastelaria implica um certo grau de paciência e, quando não se tem isso, é possível que uma determinada receita não corra bem. Pesar quantidades exatas, respeitar as temperaturas ou tempos de repouso de uma sobremesa obrigam a ter um certo autocontrolo, o que nem sempre é fácil.
Há algum truque que, assim de caras, pode salvar qualquer sobremesa do desastre?
Não complicar e usar produtos de qualidade. Menos é mais, principalmente se trabalharmos com os ingredientes certos.
Para muitos, o Francisco pode ter o emprego de sonho, trabalhar com chocolate todo o dia. Como é que o dia a dia no seu trabalho?
Trabalhar para uma empresa de chocolate tem o seu encanto, e eu costumo dizer que o melhor do meu trabalho é que todos os dias é diferente. Tanto posso estar a dar cursos de pastelaria e chocolate, como em visitas a clientes nos seus locais de produção ou numa sessão de fotos para um novo produto a ser lançado. Para além disso, colaboro com as equipas de inovação no desenvolvimento de novos produtos, que é algo que aprecio especialmente.
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