Durante uma conferência de imprensa desta terça-feira, 9 de setembro, a recém-nomeada ministra da Saúde da Suécia, Elisabet Lann, desmaiou e cai. Mais tarde, veio a admitir que se tratou de uma quebra dos níveis de açúcar, ou seja, de hipoglicemia.
"Isto não foi exatamente uma terça-feira normal, mas é o que pode acontecer quando se tem uma hipoglicemia", revelou a ministra da Saúde sueca. Sabe do que é e qual e melhor forma de tratamento?
O que é hipoglicemia
Segundo o 'website' da rede de saúde CUF, "a hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose no sangue descem abaixo dos 70mg/dl". Revelam ainda que "em condições normais, o organismo mantém a concentração de açúcar no sangue dentro de uma margem bastante estreita (por volta de 70 a 110 mg/dl)".
Explicam que o funcionamento do cérebro poderá ser colocado em causa, uma vez que a glicose é uma fonte de energia. "A forma de responder aos baixos valores de açúcar é, através do sistema nervoso, estimular as glândulas suprarrenais a libertar adrenalina. Isto provoca, por sua vez, a libertação de açúcar por parte do fígado para ajustar a sua concentração no sangue."
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Alertam que se os valores se mantiveram baixos durante algum tempo, o cérebro pode acabar por sair prejudicado. Entre alguns de sintomas de hipoglicemia estão um ataque de ansiedade, com transpiração, nervosismo, tremores, palpitações, fome e até desfalecimento.
"Se a hipoglicemia for grave, o fornecimento de glicose ao cérebro reduz-se e aparecem sintomas como vertigens, confusão, esgotamento, fraqueza, dores de cabeça, um comportamento inadequado que pode ser confundido com um estado de embriaguez, incapacidade de concentração, perturbações da visão, convulsões e coma", continuam.
O que pode levar à hipoglicemia
Segundo a rede de saúde CUF, uma das principais causas está na alimentação. Estar várias horas em comer ou ingerir poucas quantidades de hidratos de carbono são algumas das causas.
Também o excesso de exercício físico em a alimentação adequada, o consumo de álcool em excesso fora das refeições. "A maior parte dos casos ocorre nos doentes diabéticos e relaciona-se com os medicamentos. Se a dose for excessiva para a quantidade de alimento ingerido, o fármaco diminui os valores de açúcar mais do que o pretendido."
O que fazer quando o açúcar no sangue está baixo?
"Depois do diagnóstico confirmado, consistem na toma de 10 a 15 gramas de açúcar diluído numa pequena quantidade de água ou sumo, repetindo-se a medição da glicemia três a cinco minutos após essa ingestão."
Explicam que a estabilização deve ser feita entre 10 a 15 minutos. Uma refeição rica em hidratos de carbono, com pão, bolachas de água e sal e tostas pode ser a solução. Contudo, em casos mais graves, a forma de atuar pode ser outra.
"No caso de uma hipoglicemia grave, com agitação, alteração do estado de consciência ou inconsciência, a ajuda tem de vir de terceiros e passa por deitar o paciente de lado, colocar no interior da bochecha uma papa de açúcar, se disponível administrar glucagina (hormona produzida pelo pâncreas) por via intramuscular ou subcutânea e contactar o serviço de urgência."
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