Durante os últimos anos, vários estudos têm sugerido que o consumo de carne processada e vermelha pode levar ao aumento do risco de cancro. Este verão, um novo estudo veio revelar o contrário, ao concluir que o consumo de carne pode até servir como proteção do organismo.
Segundo o ‘website’ ScienceAlert, um dos problemas do estudo está relacionado com a empresa que o financiou, a National Cattlemen's Beef Association, dos Estados Unidos. O estudo da Universidade McMaster, no Canadá, concluiu que as taxas de mortalidade por cancro eram mais baixas em pessoas que consumiam mais proteína animal, e não apenas carne.
Consumo de carne protege contra o cancro?
Aqui juntaram a carne vermelha, a de aves, peixes, os ovos e até os laticínios. Não existindo uma identificação, pode ser mais dúbio referir só que a carne é um elemento protetor. Por exemplo, os peixes, como a cavala e a sardinha, são considerados saudáveis por vários estudos devido ao teor de ómega-3, por exemplo.
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O estudo analisou ainda o consumo de proteínas vegetais, como frutos secos ou soja, e revelou que não tinham um efeito protetor contra o cancro. Apesar destas conclusões, é importante ter em conta a moderação e continuar a apostar numa alimentação equilibrada.
Nova esperança contra o cancro: Cientistas descobrem método inovador
Uma investigação internacional, liderada pelas universidades de Coimbra e de Lund, na Suécia, desvendou "receitas" para reprogramar células que podem ajudar a combater o cancro, através de tratamentos de imunoterapia mais eficazes.
A equipa de investigadores identificou novas formas para "reprogramar modelos celulares e convertê-los em diferentes subtipos de células dendríticas, células do sistema imunitário que, por identificarem e capturarem ameaças, têm um papel determinante na resposta a doenças", revelou hoje a Universidade de Coimbra(UC), em comunicado enviado à agência Lusa.
"Os cientistas acreditam que esta descoberta pode abrir caminho a tratamentos de imunoterapia mais eficazes, adaptados a cada doente e tipo de cancro, e até criar estratégias de combate a outras doenças, como a diabetes e a artrite reumatoide".
Durante a investigação, a equipa de cientistas conseguiu identificar duas novas combinações de três fatores, as quais permitem regular a identidade das células para reprogramar células da pele e células cancerígenas em subtipos de células dendríticas.
"Estas combinações funcionam como 'receitas' para converter uma célula noutro tipo celular, e, em concreto, a partir dos novos dados para reprogramação celular que revelamos neste estudo, é possível gerar de forma mais eficaz dois subtipos de células dendríticas ainda pouco explorados em imunoterapia: tipo 2 e plasmocitóides", revelou o coordenador Carlos Filipe Pereira.
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