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Spray nasal comum pode evitar infeção por Covid, diz estudo

Um novo estudo concluiu que um anti-histamínico de venda livre pode ajudar a bloquear uma série de infeções respiratórias, como é o caso da Covid. A investigação do Hospital Universitário de Saarland, na Alemanha, juntou 450 adultos.

Spray nasal comum pode evitar infeção por Covid, diz estudo

© Shutterstock

Adriano Guerreiro
03/09/2025 09:44 ‧ há 15 horas por Adriano Guerreiro

Lifestyle

Coronavírus

Um estudo realizado por cientistas alemães do Hospital Universitário de Saarland revelou que um spray nasal comum pode ajudar a evitar a infeção por Covid. Em causa está o uso de um anti-histamínico de venda livre que pode ser eficaz também na prevenção de diversas doenças respiratórias.

 

Segundo a NBC, trata-se da azelastina, que pode igualmente ajudar na proteção contra gripe. O  estudo juntou 450 adultos, a maioria na faixa dos 30 anos. Um dos grupos, com 227 pessoas, usou o spray três vezes ao dia. Os restantes 223 pacientes fizeram o mesmo, mas com um spray placebo.

Os participantes fizeram depois testes rápidos de Covid duas vezes por semana ao longo de quase dois meses. No grupo que usou azelastina, a taxa de incidência de Covid-19 foi de 2,2%, em comparação com os 6,7% das pessoas que usaram o spray placebo.

O estudo foi publicado no JAMA Internal Medicine e revelou que outras infeções respiratórias tiveram também uma taxa de incidência mais baixa no caso de ser usado o spray nasal.

Leia Também: Cientistas fazem descoberta revolucionária para diagnosticar Covid longa

Spray nasal evita Covid? Eis os resultados do teste

A investigação não revelou a razão pela qual o uso deste spray foi tão eficaz contra estas infeções, mas sugeriu que pode acabar por ligar-se ao vírus na muscosa nasal o que impede a enzima de se replicar como seria expectável.

"As nossas descobertas sugerem que a azelastina pode servir como um profilático contra a Covid, especialmente quando a transmissão comunitária é elevada ou em ambientes de alto risco, como eventos fechados lotados ou viagens", revelou Robert Bals, um dos autores do estudo.

O especialista refere que este método não deve ser usado como um substituto de vacinas, mas sim como uma medida preventiva, especialmente para grupos mais vulneráveis. "A máscara pode ser mais incómoda e irritante, mas pode ser mais fácil de cumprir do que ter de lembrar-se de usar spray nasal três vezes ao dia, dia após dia."

Peter Chin-Hong, especialista em doenças infecciosas, revelou à NBC que não existem grandes evidências em que este método possa ser eficaz. "Embora promissor, não acho que seja o momento ideal para recomendar o spray para bloquear a transmissão. Para as pessoas com 65 anos ou mais, continuaria a recomendar vacinas como principal defesa contra a Covid."

Afinal, o que é a Covid Longa? Estudo diz que falta de definição é problema

Uma investigação publicada no JAMA Network Open revelou que podem existir várias definições para a Covid longa. Esta indecisão e falta de padrão pode fazer com que os tratamentos não sejam dados da melhor forma, por exemplo.

Desta forma, revelam que a definição deste tipo de Covid pode depender de quem pergunta, o que pode dificultar o diagnóstico e até a melhor forma de tratamento que é dada a cada pessoa.

"As descobertas destacam a necessidade de uma definição padrão para a Covid longa", revelou Lauren Wisk em comunicado, aqui citado pela United Press International. Revelou que diversas organizações acabam por ter a sua própria definição.

O estudo avaliou cinco definições de Covid longa em relação aos sintomas e ao tempo de duração. Poderiam ir de quatro a seis semanas e até ter entre nove a 44 sintomas diferentes.

O diagnóstico por parte dos pacientes variou entre 15% e 42% dependendo da definição que era usada. "Sem uma definição partilhada, corremos o risco de rotular doentes de forma errada e não dar o melhor tratamento. É mais do que um debate académico, afeta pessoas.”

Leia Também: Cancro pediátrico. "As crianças devem ter voz na sua saúde e doença"

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