Se juntar dois planos alimentares saudáveis comuns pode chegar a uma 'superdieta' que ajuda a manter o cérebro forte e a reduzir o risco de demência, noticia o Metro.
A dieta Mind combina elementos da dieta mediterrânica e da dieta Dash e, de acordo com especialistas, poderá abrandar o declínio cognitivo.
Ambas as dietas baseiam-se nos padrões alimentares tradicionais dos países que fazem fronteira com o mar Mediterrâneo e dão ênfase à ingestão de muitos alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, frutos secos e sementes; produtos lácteos com baixo teor de gordura, como leite e iogurtes; e proteínas magras, como peixe e frango. Além disso, as duas dietas incluem muito pouca carne vermelha ou processada.
A dieta Dash (criada com o objetivo de travar a hipertensão) foca-se na redução de alimentos com alto teor de sódio, açúcar adicionado e gorduras saturadas e trans para reduzir a pressão arterial.
"A dieta Mind segue muitos dos princípios fundamentais de ambas as dietas, mas coloca maior ênfase no consumo de mais alimentos que contêm nutrientes que promovem a saúde do cérebro e previnem o declínio cognitivo", explicam Aisling Pigott e Sophie Davies professoras de dietética e nutrição na Universidade Metropolitana de Cardiff, citadas pela referida publicação.
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Acrescentam ainda que a dieta mediterrânica e a dieta Dash têm sido ligadas à eficácia na prevenção de doenças relacionadas com o estilo de vida, incluindo doenças cardiovasculares e hipertensão. Em estudos científicos, também se demonstrou que ajudam a proteger os neurónios do cérebro contra danos e beneficiam a saúde cognitiva.
A dieta Mind inclui:
- Flavonóides e polifenóis presentes na fruta, nos legumes, no chá e no chocolate preto;
- Folato presente nas folhas verdes e nas leguminosas;
- Ácidos gordos polinsaturados N-3 presentes no peixe gordo, nos frutos secos e nas sementes.
Um estudo que acompanhou mais de 900 pessoas ao longo de cinco anos encontrou uma ligação entre as pessoas que tinham uma dieta rica em alimentos da dieta Mind e um declínio cognitivo mais lento.
Um outro estudo, que analisou quase 600 pessoas, concluiu que as pessoas que tinham seguido rigorosamente a dieta Mind ou a dieta mediterrânica durante pelo menos uma década apresentavam menos sinais de placas amiloides no cérebro quando examinadas após a morte. As placas amiloides são um sinal de alerta para a doença de Alzheimer.
"Uma revisão sistemática de 13 estudos sobre a dieta Mind também encontrou uma associação positiva entre a dieta Mind e o desempenho e função cognitiva em pessoas idosas. Um artigo incluído na revisão demonstrou mesmo uma redução de 53% no risco de doença de Alzheimer nas pessoas que aderiram à dieta", revelam os mesmo especialistas, citados pelo Mirror.
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