Quando alguém mete o dedo no nariz (os cientistas chamam rinotilexomania a este hábito), está a introduzir fungos, bactérias e vírus nocivos no organismo, que podem causar problemas de saúde graves. Um grupo de investigadores da Western Sydney University, na Austrália, suspeitam que essas infeções possam chegar ao cérebro, contribuir para o aumento da inflamação e, pior, para o desenvolvimento de demência.
Uma vez iniciada a inflamação, a proteína beta-amilóide pode acumular-se, afetando as células cerebrais saudáveis. "A neuroinflamação na doença de Alzheimer pode ser parcialmente causada por agentes patogénicos virais, bacterianos e fúngicos que entram no cérebro através do nariz e do sistema olfativo", explicam os autores do estudo.
"Uma melhor higiene das mãos pode ser uma medida preventiva simples", dizem.
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Recorde-se que o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro, e que é a forma mais comum de demência. Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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