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Janeiro interminável. Porque é que o 1.º mês do ano parece ter 32 dias?

O Lifestyle ao Minuto perguntou a uma especialista.

Janeiro interminável. Porque é que o 1.º mês do ano parece ter 32 dias?
Notícias ao Minuto

08:35 - 29/01/24 por Ana Rita Rebelo

Lifestyle Entrevista

Uma interminável sucessão de dias. É esta a fama de janeiro. Mas porque é que o primeiro mês do ano parece o mais longo? A questão é antiga e tem muito que ver com as expetativas que colocamos no que está por vir e em nós próprios.

"Existe realmente a perceção de que janeiro é um mês que demora muito a passar. É uma sensação comum a muitas pessoas e pensa-se que possa estar relacionado com a agitação típica do mês de dezembro, um período que provoca ansiedade em muitos de nós", salienta a psicóloga Teresa Feijão ao Lifestyle ao Minuto. No outro extremo, "janeiro é um mês de 'recuperação', uma procura por um acalmar da correria, um acerto de finanças e também uma consciencialização de um início de uma nova etapa", o que "leva a um maior foco, pressão e ansiedade com o compromisso com as resoluções definidas no final do ano e isso também aumenta a sensação de ser um mês interminável", diz.

Mas não é tudo. "Os gastos excessivos de dezembro são efetivamente um fator que contribui para uma necessária contenção financeira e, de certo modo, algum afastamento de convívios sociais para a maioria. Por essa razão, as pessoas evitam saídas, refeições fora e gastos extra em compras, o que contribui também para um aumento de estados de ansiedade e, sem dúvida, 'alimenta' a ideia de que janeiro nunca mais acaba", acrescenta.

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Na ótica da psicóloga, a percepção do tempo é um "bom termómetro emocional". "Quando estamos entusiasmados ou envolvidos em algo significativo pode parecer que o tempo passa mais depressa. Por outro lado, em situações de tédio ou de ansiedade, o tempo pode parecer demorar a passar e parte da questão está na área do cérebro responsável pelas emoções", reforça Teresa Feijão, explicando que, "quando concretizamos um desejo, é libertada dopamina, um neurotransmissor que aumenta a sensação de bem-estar. E são os níveis de dopamina no organismo que influenciam a nossa perceção do tempo, sendo que quando aumentam, também aumenta a sensação de que o tempo passa mais rapidamente. Quanto maior a ansiedade, maior a sensação de que o tempo não passa".

O 'segredo' está em viver um dia de cada vez. "Viver a passagem do tempo de forma saudável é importante para a nossa gestão emocional e equilíbrio. Antecipar em demasia o amanhã poderá levar ao aumento da ansiedade e sintomatologia depressiva. Devemos aprender a viver o momento presente e saboreá-lo sem querer que ele se apresse ou pare", remata.

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