Quando acorda a meio da noite espreita o telemóvel para fazer contas e descobrir quanto tempo falta até ao alarme? Não devia. Porquê? Então, a "ansiedade e a frustração aumentam", afirma a especialista em sono Wendy Troxel, cientista comportamental sénior da Rand Corp, na CNN internacional.
Assim, espreitar o relógio torna-se um hábito e, "essa resposta habitual de frustração e ansiedade também causa uma resposta de stress no corpo". Quando estes sentimentos se manifestam, os níveis de cortisol aumentam e o corpo fica mais alerta, isto faz com que seja mais difícil voltar a adormecer e ter um sono de qualidade.
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Se o alarme estiver no telemóvel o estímulo torna-se ainda mais significativo. Por isso, a especialista aconselha que compre um alarme que não esteja ligado ao telemóvel, mas também que não olhe para as horas se acordar a meio da noite.
É que o telemóvel tem muitos estímulos audiovisuais - graças a redes sociais e notícias - capazes de estimular diretamente o sinal circadiano de alerta, acrescenta a especialista. "Tudo isto pode estimular estados emocionais que são mais ativadores do que relaxantes."
Para voltar a adormecer a especialista recomenda que se levante e abandone "a ideia de voltar a dormir". É uma forma de colocar menos pressão nesta tarefa e fazer com que o sono volte mais rápido.
Recomenda ainda que não fique no quarto. "Sair do quarto quando a agitação se instala pode separar a frustração da cama". Também ajuda distrair o cérebro com uma tarefa ou ação do quotidiano como ler ou ouvir música.
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