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Do diagnóstico precoce ao controlo da doença, tudo sobre lúpus

Bruno Grima, do núcleo de estudos de doenças autoimunes da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, assina este artigo de opinião.

Do diagnóstico precoce ao controlo da doença, tudo sobre lúpus
Notícias ao Minuto

15:28 - 08/05/23 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Artigo de opinião

O Lupus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença imunomediada sistémica crónica, que pode afetar vários órgãos. É caracterizado por uma reação anormal do sistema imunitário do indivíduo, com perda da tolerância, o que vai afetar as células saudáveis do próprio corpo, provocando inflamação e lesões em diferentes partes do organismo.

O LES pode afetar homens e mulheres, mas é mais frequente em mulheres em idade fértil, entre os 15 e os 55 anos. As causas exatas não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais possa desencadear a doença em indivíduos suscetíveis.

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Os sintomas do LES podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem fadiga, febre, dor nas articulações e músculos, erupções cutâneas, queda de cabelo, dor de cabeça, fotossensibilidade e ulcerações na boca e nariz. Em casos menos frequentes e mais graves o LES pode causar problemas hematológicos (anemia, leucopénia ou trombocitopénia), renais (com hipertensão e insuficiência renal), neurológicos (epilepsia ou alterações psiquiátricas) e cardíacos (com inflamação do músculo cardíaco ou do pericárdio e destruição das válvulas).

A gravidez pode estar associada a um agravamento da doença, sobretudo se ocorrer em doentes mal controladas, com possíveis complicações para a mãe e feto.

O diagnóstico do LES pode ser difícil, já que muitos dos sintomas mais frequentes são inespecíficos e semelhantes a outras doenças. Na avaliação analítica procura-se a presença de anticorpos específicos, como o anticorpo antinuclear (ANA), que é positivo em cerca de 95% dos casos de LES. Outros exames, como biópsias de pele ou rim, também podem ser realizados para confirmar o diagnóstico.

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O tratamento do LES visa controlar os sintomas e evitar complicações. Os medicamentos imunomoduladores/imunossupressores, como a hidroxicloroquina, a azatioprina e o metotrexato, são frequentemente usados para reduzir a inflamação e suprimir o sistema imunitário. Os corticosteroides, como a prednisolona, também podem ser prescritos para controlar a inflamação em casos mais graves e durante um curto período de tempo. Em casos em que o LES afeta órgãos específicos, como os rins ou o cérebro, pode ser necessário um tratamento mais agressivo, incluindo fármacos biológicos.

Além do tratamento medicamentoso, é importante que os doentes com LES adotem um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e exercício regular. A exposição ao sol deve ser evitada, e o uso de protetor solar é fortemente recomendado.

Atualmente, com um diagnóstico mais precoce, um melhor controlo da doença e medicamentos mais eficazes e com menos efeitos secundários, os doentes têm uma melhor qualidade de vida e a doença tem um bom prognóstico.

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