Através de um novo estudo, que analisou a população portuguesa, foi possível comprovar que a imunidade conferida pela infeção, em pessoas vacinadas contra a Covid-19, garante até oito meses de proteção contra a subvariante Ómicron BA.5.
Trata-se de uma investigação publicada, esta semana, na revista científica The Lancet Infectious Diseases e assinada pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa, e a Direção Geral de Saúde, em colaboração com outras instituições.
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Para o estudo, os investigadores analisaram o registo nacional de infeções, entre pessoas com mais de 12 anos, até setembro de 2022. "Com estes dados, calculamos o risco relativo de reinfeção ao longo do tempo em pessoas vacinadas com infeções anteriores pelas primeiras subvariantes ómicron, permitindo-nos concluir o nível de proteção contra reinfeção", explica João Malato, primeiro autor do estudo, em comunicado.
De acordo com o estudo, a proteção garantida por esta imunidade híbrida (criada pela vacina e infeção) é, inicialmente, de cerca de 90%, valor que reduz, após cinco meses, para cerca de 70%, e tende a estabilizar-se em 65% após oito meses. Números que são comparados com os de pessoas vacinas que nunca foram infetadas.
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