Graças a um novo estudo, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, nos Estados Unidos, quase metade das mortes por cancro, registadas no mundo, são provocadas por fatores de risco evitáveis como tabaco, álcool e excesso de peso.
O estudo, publicado na revista científica The Lancet, citado pela CNN internacional, constata que 44,4% de todas as mortes por cancro, e 42% dos anos saudáveis perdidos, podem ser atribuídos a fatores de risco evitáveis, em 2019.
Os investigadores quiseram perceber a ligação entre os fatores de risco e o cancro. Para conseguirem chegar a conclusões, analisaram os dados sobre mortes e incapacidades, provocadas por cancro, entre 2010 e 2019, em 204 países, examinando 23 tipos de cancro, assim como 34 fatores de risco.
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Graças a estes dados também foi possível concluir que os cancros com o número mais elevado de mortalidade, relacionado, diretamente, com os fatores de risco, são o da traqueia, brônquios e pulmão, tanto entre homens, como mulheres.
Os dados também serviram para demonstrar que estas mortes estão a aumentar por todo o mundo. Entre 2010 e 2019, a taxa de mortalidade aumentou, em 20,4%, ou seja, o número aumentou de 3,7 milhões para 4,45 milhões.
Foram ainda definidas as cinco regiões, no mundo, com as maiores taxas de mortalidade por cancro, provocadas por fatores de risco. São, segundo os investigadores, a Europa Central e Ocidental, a Ásia Oriental, a América Latina do Norte e a do Sul.
Além disto, segundo o jornal La Vanguardia, o mesmo estudo afirma que o número de óbitos masculinos, causados por estes fatores, é o dobro dos que foram registados entre mulheres.
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