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Adolescentes. Como prevenir doenças e comportamentos de risco?

Assinala-se esta sexta-feira, 12 de agosto, o Dia Internacional da Juventude.

Adolescentes. Como prevenir doenças e comportamentos de risco?
Notícias ao Minuto

08:22 - 12/08/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Dia Internacional da Juventude

"Os adolescentes não necessitam de ir ao médico, são saudáveis." Esta é uma frase que reflete um pensamento comum enraizado na sociedade. No entanto, embora os adolescentes sejam geralmente saudáveis, muitas doenças e comportamentos de risco surgem neste período crítico de transformações biológicas e psicossociais.  

A adolescência é um período de maior vulnerabilidade, acentuada e agravada nestes últimos anos de pandemia, pela alteração forçada dos modelos da vida familiar, escolar e social dos jovens, com impacto no bem estar e na saúde mental desta geração.

Quais as principais doenças que afetam os adolescentes?

As doenças mentais são as principais causas de morbilidade com impacto na longevidade nos adolescentes portugueses, com destaque para a depressão, seguida pelas perturbações do comportamento e da ansiedade nos mais jovens e pelos acidentes de viação (rapazes) e doenças ginecológicas (raparigas) nos mais velhos (15-19 anos).

As principais causas de morte nos adolescentes em Portugal são as malformações congénitas, as infecções respiratórias, os tumores, os acidentes de viação, o suicídio e outras lesões auto-infligidas.

Podem ser prevenidas?

Grande parte das doenças que acometem os jovens podem ser prevenidas, e estão frequentemente associadas a fatores de risco comportamentais, nomeadamente os que contribuem para acidentes e violência, infecções sexualmente transmissíveis, consumos (álcool, tabaco, drogas), desiquilibrios alimentares e inatividade física, associados a excesso de peso e obesidade.

Os comportamentos de risco são em grande parte influenciados, quer de forma positiva quer negativa, por fatores ambientais, que incluem família, escola, pares, comunidade e sociedade, aos quais o adolescente é particularmente sensível. Pelo que a promoção da saúde e bem estar dos adolescentes assenta na prevenção desses comportamentos através da intervenção positiva nesses fatores.

É ao dar o exemplo que pais, professores, amigos, profissionais de saúde, ídolos, etc., promovem a saúde do adolescente. Não basta dizer “se beberes não conduzas”, é necessário mostrar que quando bebemos não conduzimos. Não basta dizer “faz exercício físico”, mas sugerir uma caminhada ou um jogo de voleibol por exemplo com a família, e termos acessíveis espaços públicos como pavilhões desportivos, parques e ciclovias.

A promoção da saúde e prevenção das doenças assenta ainda em incentivar as consultas de vigilância e a realização de rastreios de saúde periódicos aos adolescentes, mesmo quando achamos que 'são saudáveis'.

Porque é importante incentivar a promoção da saúde dos adolescentes?

O investimento na saúde global do adolescente com foco na prevenção, promoção de comportamentos saudáveis e diagnóstico precoce tem grande impacto não só nos problemas de saúde do adolescente, como na saúde futura ao longo da idade adulta e na maximização do potencial educativo, vocacional e profissional dos jovens.

A importância deste investimento contrasta com a baixa assiduidade dos adolescentes portugueses à consultas de vigilância de saúde. É fundamental incentivar, promover e divulgar a saúde do adolescente em Portugal.

Que impacto teve a pandemia na saúde dos jovens?

Os últimos anos foram desafiantes para a saúde e normal desenvolvimentos dos nossos adolescentes que merecem agora especial atenção. Durante a pandemia ocorreu agravamento de muitas patologias do foro comportamental e saúde mental. O ambiente social de alarme, a incerteza quanto ao futuro, as alterações do normal funcionamento da escolaridade, o isolamento gerado pelos confinamentos e a disrupção das dinâmicas sociais habituais contribuíram para desencadear e aprofundar perturbações de ansiedade, depressões e outras patologias do foro mental e comportamental.
Acentuaram-se comportamentos sedentários e interromperam-se hábitos desportivos e de atividade física já iniciados com consequências na prevalência de obesidade e excesso de peso.

*Artigo assinado por Carla Santos e o Hugo de Castro Faria, pediatras no Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Descobertas

Leia Também: Férias de verão: Como prevenir os acidentes infantis mais comuns

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