Cada um tem as suas técnicas para cozinhar, no entanto, existem determinadas regras que devem ser seguidas por toda a gente e, segundo especialistas, não lavar o frango é uma delas. Os entendidos dizem que fazer isso não é de todo um passo necessário.
A Self - revista especializada em 'lifestyle' - perguntou a vários especialistas se é ou não necessário lavar o frango e, no geral, a resposta é não. É um hábito comum, segundo um estudo 2015, publicado no Journal of Food Protection1, que concluiu que 70% das pessoas o fazem.
O primeiro instinto das pessoas pode ser lavar o frango para remover toda a “a gosma que está lá", explica Keith Schneider, professor de microbiologia e segurança alimentar na University of Florida, nos EUA. No entanto, fazer isto quando se está a planear cozinhar bem o frango é completamente estético e inútil.
Todos sabemos que o frango não pode ser consumido cru e, por isso, quando o compra está pronto a cozinhar e é essencial que o faça corretamente, com a temperatura ideal, para poder "matar" todas as bactérias que se encontram, normalmente, nesta carne.
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Todas as carnes de aves são seguras para consumir quando atingem, no mínimo, 70ºC no seu interior, explica a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. É importante ter atenção a isto e não basta analisar a cor e textura do frango para saber se está pronto é essencial usar um termómetro de alimentos - para conseguir a leitura correta deve ser colocado na parte mais grossa do peito ou da coxa ou perna de uma ave inteira, sem tocar no osso.
Não lavar o frango não é um problema, no entanto, fazê-lo pode ter algumas consequências na sua saúde. Frango cru pode estar contaminado com bactérias que podem casuar doenças transmitidas por alimentos, a mais conhecida é a salmonela, e ao lavar, quando a água bate no frango pode saltar e salpicar para fora. Isto pode fazer com que a bactéria se espalhe pela cozinha, nomeadamente, os balcões ou até outros alimentos.
Além disto, quem tem este hábito está mais vulnerável, especialmente as grávidas ou pessoas imunodeprimidas, a desenvolver uma intoxicação alimentar que pode provocar sintomas como diarreia, febre, cólicas e vómitos, explica a revista.
Só pessoas que vivem numa quinta, por exemplo, é que podem lavar os frangos, e só o devem fazer num espaço afastado do local onde preparam a comida, mas o frango que é comprado nas lojas ou supermercados já está lavado e pronto a cozinhar.
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