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Covid-19. Estudo revela como a vacinação influencia a menstruação

Foi publicado o maior estudo, até à data, sobre esta relação.

Covid-19. Estudo revela como a vacinação influencia a menstruação
Notícias ao Minuto

10:00 - 18/07/22 por Margarida Ribeiro

Lifestyle Covid-19

Não é a primeira vez que se fala da relação entre a vacinação, contra a Covid-19, e a menstruação - entre os sintomas secundários mais registados estão as mudanças no ciclo menstrual -, no entanto, os especialistas afirmam que não existem causas para alarme. Agora, foi lançado o maior estudo, até à data, que analisa melhor esta relação. 

Quase metade dos participantes do estudo, com menstruação regular, afirmaram que sentiram uma perda de sangue mais intensa durante os ciclos que aconteceram depois da vacinação contra o SARS-CoV-2.

Também pessoas que não têm uma menstruação regular sentiram os efeitos e queixaram-se de uma perda de sangue anormal. Fazem parte deste grupo pessoas transexuais, mulheres na pós-menopausa e aquelas que optam por métodos contracetivos de ação contínua, por exemplo, o DIU. 

Este novo estudo, disponível online, tem como base a investigação que, anteriormente, destacou os efeitos temporários destas vacinas nos ciclos menstruais e que, até agora, só se concentraram apenas em mulheres cisgénero com menstruação regular, explica o The New York Times. 

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A equipa de investigadores americanos - composta por especialistas da University of Illinois e da Washington University School of Medicine - distribuiu um questionário online, em abril de 2021, entre milhares de pessoas, em diferentes partes do mundo.

Após três meses conseguiu recolher e analisar as respostas, sobre o ciclo menstrual, de quase quarenta mil pessoas com idades entre os 18 e os 80. Toda a gente que respondeu tinha sido vacinada com as vacinas da Pfizer-BioNTech, Moderna, Johnson & Johnson, entre outras aprovadas fora dos Estados Unidos da América. 

Os resultados, publicados na semana passada, concluíram que 42% das pessoas com ciclos de menstruação regulares sentiram uma perda de sangue mais significativa depois da vacinação contra a Covid-19. Já 44% não sentiu diferença e 14% teve uma menstruação mais leve. 

Além disto, 39% dos participantes que estavam a fazer tratamentos hormonais, 71% das pessoas em contracetivos de ação prolongada e 66% das mulheres na pós-menopausa, também sentiram perdas de sangue mais fortes após uma ou ambas as vacinas. 

Para os investigadores esta informação é importante para que as mulheres não sejam apanhadas desprevenidas e não fiquem assustadas caso sintam um ciclo menstrual mais forte. Além disto, a equipa salienta que não foram analisadas pessoas não vacinadas e que, por isso, é necessário continuar a investigar, no entanto estes resultados vão ao encontro dos que foram publicados em estudos anteriores.

O estudo também conseguiu concluir quais são as faixas etárias que têm mais probabilidade de sofrer estes sintomas secundários, nomeadamente, as pessoas mais velhas. O que também foi comprovado em pessoas que usam contracetivos hormonais, que já estiveram grávidas ou que foram diagnosticadas com condições como endometriose, miomas ou síndrome do ovário policístico. 

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Porque é que a vacinação influência a menstruação? Algumas variações no ciclo de menstruação são completamente normais, esclarece o The New York Times, porque não estamos a falar de um "relógio perfeito". 

As hormonas libertadas pelo hipotálamo, hipófise e ovários regulam o ciclo mensal e podem ser afetadas por fatores internos e externos. "Stress e doença, perda ou ganho de peso, restrição calórica e exercícios intensos podem alterar os padrões típicos da menstruação". 

O endométrio, que reveste o útero e é eliminado durante a menstruação, também tem sido associado ao sistema imunológico, graças ao papel importante que tem na renovação do tecido uterino e na proteção contra diferentes condições.

Tendo isto em conta, é possível que quando as vacinas entram no corpo e ativam o sistema imunológico - a sua função correta - podem de alguma forma provocar diferentes efeitos no endométrio e causar um distúrbio no ciclo menstrual.

O estudo afirma também que a menstruação de algumas mulheres chegou atrasada, após a vacinação, uma mudança temporária sem consequências negativas associadas. 

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