Um grupo de investigadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, que acompanhou, durante quase uma década, 649 605 pessoas, com uma média de idades de 61 anos, avança que o risco de Alzheimer é 33% menor para quem pratica exercício físico.
Os participantes foram divididos em cinco grupos, com base na sua aptidão cardiorrespiratória. A escala varia conforme o nível de condicionamento físico dos participantes.
Os cientistas descobriram que o grupo menos apto apresentava um risco 13% menor de Alzheimer do que os sedentários. O grupo do meio tinha menos 20% de hipóteses de desenvolver a doença, o seguinte menos 26% e, entre os mais preparados fisicamente, o risco era de 33%.
O trabalho ainda não está publicado, mas será apresentado em abril, no congresso anual da Academia Americana de Neurologia, revela o jornal The Washington Post.
O Alzheimer, recorde-se, é a forma mais comum de demência. Trata-se de uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro.
Por sua vez, demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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