A doença cardíaca coronária, ou simplesmente doença coronária, afeta milhões de pessoas em todo o mundo, tendo uma elevada taxa de morbimortalidade. É uma doença do mundo ocidental e da sociedade moderna. As suas principais manifestações são: angina estável e instável e enfarte agudo do miocárdio.
Numa fase mais precoce da vida, os homens apresentam um maior risco de doença coronária do que as mulheres. No entanto, depois da menopausa o risco da mulher acaba por igualar o do homem.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença coronária são:
- Idade
- Colesterol elevado
- Hipertensão arterial
- Diabetes
- Tabagismo
- Obesidade
- Inatividade física
História familiar de doença coronária.
Esta doença grave e potencialmente fatal resulta da acumulação de depósitos de gordura e de tecido fibroso (placas) no interior das artérias que fornecem sangue ao coração, ou seja, as artérias coronárias. A formação e desenvolvimento destas placas tornam as artérias coronárias progressivamente mais rígidas e estreitas, dificultando o adequado fornecimento de sangue, e consequentemente de oxigénio e nutrientes, para o músculo cardíaco.
Com a idade e na presença de fatores de risco, as placas de aterosclerose vão aumentando de dimensões, causando obstrução do vaso sanguíneo. Esta obstrução pode ser devida apenas ao aumento de tamanho ou devido à formação de coágulos após a rutura da placa.
Sintomas
Seja qual for o mecanismo, há obstrução parcial ou completa do vaso sanguíneo, com consequente diminuição do fornecimento de sangue a determinadas zonas do músculo cardíaco, o que se manifesta na generalidade por dor no tórax, designada por angina, o sintoma mais típico. Outros sintomas podem surgir neste contexto, entre eles: cansaço extremo em esforço, náuseas, tonturas, dor no estômago, mandíbula, dorso ou braço.
Na presença destes sintomas, e se associado aos fatores de risco mencionados, os doentes devem consultar o seu médico para aconselhamento. Em função da história clinica, exame objetivo e com recurso a determinados exames complementares de diagnóstico, como por exemplo ECG, ecocardiograma, teste de isquemia, entre outros, é possível saber se existe doença coronária e qual a sua extensão.
Tratamento
O tratamento desta patologia envolve inicialmente mudanças de estilo de vida:
- Parar de fumar
- Controlar a pressão arterial
- Praticar exercício físico
- Ter uma alimentação equilibrada
- Diminuir o stress
Se as mudanças no estilo de vida não forem suficientes, podem ser necessários medicamentos. Os medicamentos indicados dependem da situação de base, das comorbilidades associadas e podem variar de pessoa para pessoa. Existem ainda, nos casos indicados, outros procedimentos como colocação de stent, angioplastia com balão e cirurgia de revascularização miocárdica. Todos eles aumentam o suprimento de sangue para o coração, mas não curam as doenças coronarianas. Prevenir é a solução!
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