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Bebe um copo de vinho de vez em quando? Temos más notícias para si

Todos sabemos que beber álcool em excesso é mau para a saúde. Mas, afinal beber alguns copos por semana também pode ser altamente prejudicial…

Bebe um copo de vinho de vez em quando? Temos más notícias para si
Notícias ao Minuto

13:05 - 02/02/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Saúde em risco

O vinho tinto tem antioxidantes, segundo nos disseram, então alguns copos são aparentemente 'bons' para a saúde como um todo. Outros estudos têm sugerido que os bebedores de baixo nível a moderado estão menos propensos a sofrer ataques cardíacos do que aqueles que evitam ingerir álcool de todo. O vinho está inclusive incluído (com moderação) na dieta mediterrânica, aquele que é considerada pelos especialistas como um dos melhores regimes alimentares do planeta. 

Contudo, um novo estudo publicado na revista Clinical Nutrition e citado pela publicação Science Alert, que analisou um vasto conjunto de dados do Reino Unido sugere agora que as diretrizes do consumo de álcool se baseiam em má ciência - sendo que o número atualmente recomendado de bebidas por semana está associado a um risco aumentado de problemas cardiovasculares.

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"A chamada curva em forma de J da relação doença cardiovascular-consumo de álcool, sugerindo benefícios para a saúde de baixo a moderado consumo de álcool, é o maior mito desde que nos disseram que fumar era bom para a saúde" diz o fisiologista cardiovascular Rudolph Schutte da Universidade Anglia Ruskin (ARU).

O problema, a equipa de investigadores da ARU e da University College London sugere, é que muitos não bebedores não estão a beber devido a doenças atuais, e assim, quando têm ataques cardíacos ou outros problemas coronários, isto não está relacionado com o facto de não beberem - e não indica que consumir uma quantidade baixa ou moderada de álcool tem um efeito protetor. 

Os investigadores analisaram dados do Biobank do Reino Unido cobrindo um número impressionante de 333.259 consumidores de álcool e 21.710 pessoas que nunca tinham ingerido a substância. Foram analisados quase sete anos de dados, apontando sempre quando um dos participantes sofria um evento cardiovascular, doença cardíaca ou doença cerebrovascular.

A equipa excluiu especificamente os ex-bebedores para tentar limitar os dados de pessoas que podem ter parado de beber devido à sua saúde atual. Apesar disso, os voluntários que jamais haviam consumido álcool eram ainda mais velhos, tinham um IMC mais alto, pressão arterial mais elevada e eram menos ativos fisicamente do que a coorte que bebia.

"Incluir pessoas que nunca tinham bebida como referência impulsionou consistentemente a relação protetora inversa com todas as medidas de desfecho e anulou associações mais sutis com diferentes tipos de bebida. O uso dessa estratégia analítica predominante permite aos autores relatar a proteção cardiovascular geral contra o álcool", escreveram os académicos.

"Na nossa coorte, os que nunca tinham bebido eram mais velhos, menos ativos fisicamente, apresentavam um maior índice de massa corporal e eram socioeconomicamente menos afluentes. Mesmo após o ajuste para desses fatores de risco cardiovasculares, estes voluntários nunca tiveram um risco 31, 51 e 46% maior de sofrer um evento geral de doença cardíaca cardiovascular, isquémica ou doença cerebrovascular, respetivamente". 

Assim, para remover esses fatores que poderiam gerar confusão, a equipa comparou então os bebedores mais leves com aqueles que bebiam mais, e descobriu que o vinho era minimamente protetor de doenças isquémicas do coração, mas não estava associado a outras questões cardiovasculares.

Para outras bebidas alcoólicas como cerveja e bebidas espirituosas, mesmo para pessoas que consomem menos de 14 unidades por semana, que é o número atualmente recomendado de bebidas semanais nas diretrizes de saúde do Reino Unido (e o equivalente a oito bebidas padrão), o resultado parece muito pior.

"Entre os bebedores de cerveja, sidra e bebidas espirituosas, em particular, mesmo aqueles que consumiam menos de 14 unidades por semana tinham um risco aumentado de acabar no hospital devido a um evento cardiovascular envolvendo o coração ou os vasos sanguíneos", explicaram os investigadores.

"Embora ouçamos muito sobre bebedores de vinho terem menor risco de doença arterial coronária, os nossos dados mostram que o risco de outros eventos cardiovasculares não diminui", concluíram. 

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