Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 12º MÁX 17º

Ómicron tem capacidade 2,4 maior de se ligar a enzima de células humanas

Um estudo realizado nos Estados Unidos revela que mutações no domínio de ligação ao recetor aumentam a habilidade da estirpe se conectar à enzima conversora de angiotensina-2 (ACE2).

Ómicron tem capacidade 2,4 maior de se ligar a enzima de células humanas
Notícias ao Minuto

07:40 - 27/01/22 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Coronavírus

Uma equipa de cientistas nos Estados Unidos registou a ocorrência de alterações estruturais da proteína da variante Ómicron do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, reporta a revista Galileu.

Segundo os investigadores, a estirpe é capaz de escapar a anticorpos contra variantes prévias e ainda continuar altamente infeciosa.

"Os dados apurados fornecem um plano que os investigadores podem usar para projetar novas medidas contra a Ómicron e outras variantes do coronavírus que possam surgir", referiu num comunicado David Veesler, investigador do Instituto Médico Howard Hughes e professor de bioquímica da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle. Veesler liderou o trabalho científico juntamente com Gyorgy Snell, da empresa Vir Biotechnology Inc., em São Francisco, na Califórnia.

Leia Também: Vírus: Este sintoma de Ómicron pode permanecer mesmo após a recuperação

A Ómicron, foi detetada pela primeira vez em novembro de 2021 na África do Sul, e desde aí que tem provocado um surto de infeções um pouco por mundo. Não só a variante é altamente infeciosa, como pode evitar anticorpos contra variantes anteriores, levando a infeções mesmo entre aqueles que já foram vacinados ou infetados previamente. Ora, Vessler e a sua equipa de investigadores mostraram que anticorpos gerados pelas seis vacinas mais usadas têm uma capacidade diminuta ou nula de neutralizar a Ómicron.

De acordo com a revista Galileu, os cientistas creem que a capacidade do vírus de infetar se deva, parcialmente, à enorme quantidade de mutações nas sequências de aminoácidos da proteína 'spike' (ou espícula) do coronavírus, através da qual este se fixa e invade as células. Os investigadores afirmam que a proteína espícula da Ómicron apresenta 37 mutações que a distinguem dos primeiros vírus Sars-CoV-2 isolados em 2020.

Todavia, as mutações na região chamada de domínio de ligação ao recetor aumentam a capacidade da variante se conectar à enzima conversora de angiotensina-2 (ACE2) em 2,4 vezes.

As descobertas apontam para o "formidável oponente que a SARS-CoV-2 é", disse Veesler.

Acrescentando: "esse vírus tem uma plasticidade incrível: pode mudar bastante e ainda manter todas as funções necessárias para infetar e se replicar". 

"E é quase garantido que a Ómicron não é a última variante que veremos". 

O novo estudo foi publicados no periódico Science

Leia Também: Riscos da variante Ómicron são 50% a 60% inferiores aos da variante Delta

Recomendados para si

;

Receba dicas para uma vida melhor!

Moda e Beleza, Férias, Viagens, Hotéis e Restaurantes, Emprego, Espiritualidade, Relações e Sexo, Saúde e Perda de Peso

Obrigado por ter ativado as notificações de Lifestyle ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório