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Surgiram-lhe verrugas na planta dos pés? Então, este artigo é para si

"Têm um formato redondo ou irregular e podem causar dor ou dificuldade a caminhar, principalmente, quando se encontram nas zonas de pressão do pé, devido à tensão exercida pelo peso do corpo", diz Fátima Carvalho, podologista responsável pelo Centro Clínico do Pé, num artigo de opinião partilhado com o Lifestyle ao Minuto.

Surgiram-lhe verrugas na planta dos pés? Então, este artigo é para si
Notícias ao Minuto

22:00 - 02/12/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Artigo de opinião

Apresentando diversas formas clínicas, as verrugas são resultado de uma infeção viral e podem surgir na planta dos pés, sendo, nestes casos, designadas por verrugas plantares. Segundo a minha experiência clínica, e de acordo com os excelentes resultados que a laserterapia tem apresentado no tratamento de problemas podológicos, esta é uma das opções terapêuticas indicadas para as verrugas plantares.

No que diz respeito ao aparecimento das verrugas, é importante falar sobre o seu agente etiológico: o vírus do papiloma humano (HPV). Este é um vírus muito frequente, que engloba mais de 200 vírus relacionados, responsável por um elevado número de infeções.

A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como as verrugas, sendo estas as manifestações mais características e frequentes da infeção por HPV. No entanto, existem vírus considerados de alto risco, pela maior probabilidade de provocarem lesões persistentes e de estarem associados a lesões pré-cancerosas.

Notícias ao Minuto Fátima Carvalho© DR

As verrugas podem localizar-se em qualquer ponto da pele e ainda nas mucosas, distinguindo-se pela sua localização e/ou morfologia e pelo tipo de HPV. Relativamente às verrugas plantares, estas têm um formato redondo ou irregular e podem causar dor ou dificuldade a caminhar, principalmente, quando se encontram nas zonas de pressão do pé, devido à tensão exercida pelo peso do corpo.

Mais frequentes em crianças e adolescentes, as verrugas plantares podem ser transmitidas entre pessoas que frequentem os mesmos espaços sem proteção ou calçado, mas também por contacto direto e pelo contacto com objetos contaminados. Estas lesões cutâneas desenvolvem-se quando o vírus entra no organismo, parasitando as células da epiderme e conduzindo a um aumento da sua proliferação, multiplicando-se nas camadas mais superficiais.

O vírus penetra na pele, geralmente, através de pequenos cortes, feridas, arranhões (que funcionam como portas de entrada) ou quando existem soluções de continuidade traumáticas da parte superior da epiderme, motivo pelo qual as verrugas são mais comuns nas zonas de traumas. A infeção é também favorecida por estados em que o sistema imunitário se encontra com poucas defesas. No entanto, é possível que passem meses até ao surgimento da verruga, após a infeção, uma vez que o vírus pode permanecer em incubação e manifestar-se depois desse período.

Em relação à sua aparência, com um tamanho variável, as verrugas plantares caracterizam-se por serem saliências duras, ao estarem circundadas por um anel de pele espessa, podendo apresentar uma superfície áspera, um aspeto esbranquiçado ou mais escuro e, normalmente, pequenos pontos negros (capilares trombosados) ao centro. Apesar de se confundirem, muitas vezes, com calosidades, por apresentarem uma pequena formação queratosa, podem ser distinguidas pela tendência de sangramento em pequenos pontos, quando rompida a sua superfície.

O seu contágio é mais comum em ambientes quentes e húmidos, como piscinas, balneários e ginásios, dado que a humidade tende a amolecer a pele, facilitando a entrada do vírus, pelo que o excesso de transpiração pode também beneficiar o desenvolvimento das verrugas.

Face aos fatores de risco, a adoção de um comportamento preventivo é fundamental para evitar as verrugas plantares: deve-se assim utilizar chinelos em locais públicos e húmidos; não devem ser partilhadas toalhas, calçado, meias, corta-unhas e outros utensílios/objetos pessoais; deve ser evitado o contacto direto com as verrugas, uma vez que estas podem também disseminar-se para outras partes do corpo; sendo imprescindível uma correta e diária higiene do pé, o que inclui uma secagem eficaz sem fricção.

A vigilância é também um ponto central, dado que, em caso de suspeita, é importante certificar-se que os seus familiares utilizam calçado em casa, de modo a evitar que toda a família entre em contacto com o HPV.

Devido ao risco de transmissão e possível aparecimento de novas verrugas, esta patologia não deve ser tratada em casa, sendo crucial um acompanhamento podológico adequado e especializado. Além disso, uma vez que a opção de tratamento deverá ter em conta a localização da verruga plantar e as suas características, um diagnóstico correto, que se baseia no exame da pele e da verruga, é essencial.

Em várias áreas, têm vindo a ser introduzidas novas técnicas com o propósito de oferecer soluções mais eficazes, algo também notório na Podologia, que tem procurado inovar os seus procedimentos e equipamentos. O laser terapêutico tem sido utilizado como um tratamento alternativo e não invasivo, com o objetivo de estimular a regeneração celular e acelerar os processos de cicatrização, apresentando resultados ao nível da redução da dor, bem como do inchaço e vermelhidão.

No tratamento das verrugas localizadas na planta do pé, a laserterapia atua no sentido de eliminar o vírus causador desta patologia, sendo necessária apenas uma sessão de laser para a sua extração.

Leia também: O leitor perguntou: As verrugas plantares são contagiosas?

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