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A mutação genética que aumenta o risco de cancro da próstata (e não só)

Globalmente, o cancro da próstata é o segundo tumor mais comum nos homens, afetando sobretudo aqueles em idade mais avançada.

A mutação genética que aumenta o risco de cancro da próstata (e não só)
Notícias ao Minuto

11:53 - 19/11/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Cancro da próstata

Os portadores de mutação genética BRCA2 apresentam um risco entre 20% a 25% superior de desenvolver cancro da próstata. Contudo, segundo um inquérito realizado no âmbito da campanha 'saBeR mais ContA', apenas 24% dos doentes oncológicos ou familiares associam este tipo de cancro às mutações BRCA. 

O mesmo inquérito mostra que, só cerca de 30% já ouviu falar de mutações genéticas BRCA e destes só 24% as associa ao cancro da próstata. Na verdade, 77% não sabe que estas aumentam o risco de desenvolver este tumor, nomeadamente, quando a mutação ocorre no gene BRCA2, tendo o seu portador um risco acrescido entre 20% a 25% de vir a ter a doença.

As mutações genéticas BRCA não estão apenas associadas a cancros tipicamente femininos e que a sua hereditariedade não está também apenas associada às mulheres. Esta ideia é particularmente importante desmistificar, já que, segundo o mesmo inquérito, apenas 25,4% sabe que as mutações nos genes BRCA1/2 podem ser herdadas do pai.

Globalmente, o cancro da próstata é o segundo tumor mais comum nos homens, afetando sobretudo aqueles em idade mais avançada. No entanto, segundo o oncologista André Mansinho, este tipo de tumor é geralmente diagnosticado "numa idade mais jovem e com doença mais agressiva" em doentes portadores de mutação genética BRCA2.

A referenciação para a pesquisa genética nos doentes com cancro da próstata acontece quando existe um caso de cancro da próstata, em qualquer idade, quando metastático, ou quando classificado como sendo de risco elevado a muito elevado. No caso da pessoa saudável, a referenciação é feita quando esta tem idade superior a 18 anos e que tenha, na sua família, casos de cancro hereditário associado a estas mutações BRCA1 ou BRCA2.

Quando confirmada a presença de uma mutação, o indivíduo "deve ser seguido numa consulta de aconselhamento genético e realizar o plano de rastreio adaptado à sua idade e mutação da qual é portador. Apesar de não minimizar o risco de desenvolver a neoplasia, irá aumentar a probabilidade de ser diagnosticado numa fase precoce e maximizar a sua probabilidade de cura", explica o especialista, em comunicado. 

A mutações nos genes BRCA1/2 aumentam o risco de desenvolver vários tipos de cancro, entre os quais, mama e pâncreas, no caso das mulheres, ovário, e no caso dos homens, quando na presença de mutação BRCA2, cancro da próstata, sendo possível a uma pessoa, homem ou mulher, herdá-las quando um dos progenitores (pai ou mãe) é portador de mutação no gene BRCA1/2.

O inquérito, realizado no âmbito da campanha 'saBeR mais ContA', foi feito online e via telefónica, com recurso a uma base de dados registada na plataforma da multidados.com, convidada a participar no estudo anónimo entre os dias 2 a 20 de outubro de 2020. Foram recolhidas e validadas 500 respostas, com uma margem de erro de ±3,5%, considerando p=q=50 e 95% de margem de confiança.

Leia Também: Cancro da próstata? Fique atento a estes sinais (aparentemente inocentes)

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