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A destruição total do fígado. Causas e 17 sintomas de cirrose hepática

A cirrose hepática é uma doença que conduz à destruição do fígado. É também chamada de doença hepática crónica e caracteriza-se pela morte das células do fígado, aparecimento de cicatrizes (fibrose) e alteração da sua estrutura.

A destruição total do fígado. Causas e 17 sintomas de cirrose hepática

Em Portugal, morrem cerca de duas mil pessoas todos os anos por cirrose hepática e calcula-se que cerca de 8 a 10% dos portugueses tenham problemas do fígado, de acordo com informações divulgadas pela rede de hospitais privados CUF.

A cirrose é a nona causa de morte e termos gerais, mas é a quarta de morte precoce, ou seja, antes dos 70 anos. Destes números, o álcool é o principal responsável.

A condição resulta em que o fígado fique com uma consistência extremamente dura e repleto de nódulos. Consequentemente ess alteração na estrutura compromete a circulação do fígado e afecta a sua função.

A cirrose hepática é uma doença muito importante porque o fígado desempenha múltiplas funções fundamentais como a síntese de proteínas (albumina e outras), síntese de vitaminas, é uma importante reserva energética, contribui para a absorção dos alimentos, síntese de factores da coagulação que impedem as hemorragias, eliminação de toxinas provenientes do aparelho digestivo, eliminação de tóxicos (álcool, medicamentos), defesa do organismo contra infecções, etc. 

Quais as causas da cirrose hepática?

Como se referiu, a causa mais frequente em Portugal é a cirrose alcoólica, seguida pela hepatite C e pela hepatite B.

Outras causas mais raras são as doenças do fígado associadas à obesidade, a cirrose biliar primária, as hepatite auto-imunes, a doença de Wilson, a hemocromatose, o défice de alfa 1-antitripsina, as anomalias das vias biliares e a colangite esclerosante primária.

Como se manifesta a cirrose hepática?

Na fase inicial, não existem quaisquer sintomas associados à cirrose.

Os sintomas mais precoces costumam ser a fadiga, perda de energia, perda de apetite e de peso, náuseas, dores abdominais e pequenos derrames na pele em forma de “aranha”. Podem ocorrer hemorragias mais facilmente ou formação de “nódoas-negras”.

Na fase de descompensação, ocorrem diversos sinais e sintomas como:

- icterícia (olhos e pele amarelados);

- presença de ascite (barriga de água);

- inchaço das pernas;

- hemorragias digestivas sob a forma de vómitos ou fezes com sangue, mais frequentemente provocadas pela rotura de veias dilatadas no esófago (varizes esofágicas);

- fezes descoradas;

- alterações mentais que podem levar a confusão mental, agressividade e mesmo coma (encefalopatia hepática)desenvolvimento de infecções graves;

- alterações hormonais com disfunção eréctil e aumento das glândulas mamárias no homem;

- cancro do fígado (carcinoma hepatocelular ou hepatoma)

O risco de desenvolvimento de cancro do fígado na cirrose hepática é de cerca de 1 a 4% por ano. Este carcinoma apresenta elevada mortalidade se for diagnosticado numa fase avançada.

Por esse motivo, é muito importante que todos os doentes com cirrose realizem uma ecografia abdominal de seis em seis meses, para que o tumor seja diagnosticado ainda com pequenas dimensões. Nesses casos, existem alguns tratamentos eficazes, como o transplante hepático, a remoção cirúrgica, a radiofrequência, a alcoolização, a quimioembolização ou um medicamento (sorafenib), administrado por via oral.

Como se diagnostica a Cirrose Hepática?

O diagnóstico assenta no exame médico associado a exames laboratoriais, ecografia e/ou TAC abdominal.

Em alguns casos, remove-se um pequeno fragmento do fígado, através de uma agulha, para exame microscópico. Este exame corresponde à biópsia hepática.

Existe outro exame mais recente, semelhante à ecografia, chamado elastografia hepática, que pode ser muito útil no diagnóstico da cirrose, dispensando, nalguns casos, a biópsia.

Como se previne a cirrose Hepática?

A prevenção da cirrose hepática passa por evitar todos os factores a ela associados.

Assim, é importante:

- não consumir bebidas alcoólicas em excesso (mais do que duas a três no homem e uma a duas na mulher, por dia);

- não consumir bebidas alcoólicas antes dos 18 anos;

- fazer a vacina contra a hepatite B;

- não partilhar seringas ou qualquer material usado no consumo de drogas injectadas;

- utilizar preservativo no caso de múltiplos parceiros ou relações sexuais de risco;

- evitar o excesso de peso a manter sempre uma dieta equilibrada e saudável. 

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