Somente no Reino Unido, foram reportados em 2017 cerca de 40 casos de síndrome do choque tóxico, uma condição rara provocada por uma infecção bacteriana – sendo que metade dos casos estão foram associados ao uso de tampão.
Os sintomas da síndrome de choque tóxico incluem febres altas, náuseas, vómitos, diarreia e sintomas de gripe (tosse, dor de cabeça, garganta e de músculos).
É de conhecimento geral que é necessário mudar este tipo de absorvente com uma certa frequência - a cada quatro ou oito horas -, mas relativamente a dormir ou não com tampão, as opiniões dos especialistas não são consensuais.
A ginecologista-obstetra Pari Ghodsi disse em declarações à revista Glamour que a decisão de dormir com o absorvente é subjetiva e depende completamente do ciclo da mulher.
"A mulher pode usar todas as opções à noite para parar o fluxo de sangue que utiliza durante o dia. A sua escolha pode depender do seu fluxo. Se tem muito fluxo, o tampão pode não ser capaz de absorver todo o sangue menstrual durante a noite."
Contudo, outros especialistas recomendam que o produto não seja usado durante a noite.
A médica Dasha Fielder afirmou ao site australiano Mamamia que o limite de oito horas é muito longo. “Não se deve de forma nenhuma deixar tampões no canal vaginal por toda a noite; em vez disso opte por absorventes comuns (pensos higiénicos) enquanto dorme. E durante o dia troque o absorvente interno de três em três horas".
A especialista alerta ainda que nem sempre é possível mudar o absorvente interno com tanta frequência, por isso salienta que deixá-lo durante a noite aumenta o risco de síndrome de choque tóxico.