Retirar apêndice pode reduzir risco de Doença de Parkinson
Uma nova descoberta sugere que a Doença de Parkinson pode ter origem no sistema digestivo.
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A pesquisa inovadora foi publicada na revista Science Translational Medicine, e foi realizada por cientistas norte-americanos.
Os investigadores concluíram que as pessoas a quem lhes foi retirado o apêndice apresentavam uma menor chance de desenvolver a doença neurodegenerativa da mente.
De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, no apêndice, pequeno órgão cuja utilidade no corpo humano ainda é uma dúvida, há uma acumulação de uma proteína associada ao desenvolvimento da Doença de Parkinson, denominada de alfa-sinucleína.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que há um excesso de formatos mutantes dessa proteína no cérebro de pacientes com Parkinson.
Viviane Labrie, uma das autoras do estudo, disse que essa proteína “é capaz de viajar pelo nervo que conecta o trato gastrointestinal – onde está situado o apêndice – até o cérebro, dissemina-se e ter efeitos tóxicos”.
A organização sem fins lucrativos de pesquisa e apoio Parkinson UK, do Reino Unido, diz que a descoberta representa a evidência mais forte de que a origem da doença pode estar localizada fora do cérebro.
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Na doença de Parkinson, proteínas tóxicas acumulam-se no cérebro e matam os nervos, especialmente aqueles que estão associados ao movimento.
Para efeitos daquele estudo, investigadores do Instituto de Pesquisa Van Andel, analisaram os dados médicos de 1,6 milhões de suecos durante mais de 50 anos e constataram que o risco de desenvolver a doença de Parkinson foi menor naqueles pacientes que haviam sido submetidos à cirurgia de remoção do apêndice.
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