De acordo com um estudo da Universidade Estadual Appalachian, nos Estados Unidos, os hidratos de carbono provenientes da banana têm efeitos comparáveis aos dos isotónicos quando se trata de amenizar o stress comum ao esforço físico.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores examinaram 20 ciclistas que pedalaram, em diferentes ocasiões, 75 quilómetros. Num dos percursos, beberam apenas água; noutros, ingeriram bebidas energéticas ou comeram meia banana a cada 30 minutos.
Os resultados dos exames de sangue revelaram que a banana estava em vantagem: a popular fruta reduz a produção da enzima COX-2, cuja presença indica um processo inflamatório e justifica a dor após a prática.
“Vale lembrar, no entanto, que a inflamação é uma resposta fisiológica normal e até necessária para a regeneração muscular”, esclarece o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, coordenador do Departamento de Atividade Física e Exercício da Associação Brasileira de Nutrologia, em declarações à revista Abril. “Em geral, o organismo recupera sozinho, sobretudo nas pessoas que consomem diariamente os antioxidantes originários de frutas e hortaliças”, completa o médico.
Fruta ou bebidas energéticas?
A banana, além de conter frutose, tratando-se de um combustível para o treino, detêm outros nutrientes, como vitamina C, vitamina B6 e fibras e potássio, sendo que este último previne o aparecimento de cãibras.
“A fruta é mais aconselhável nos treinos intermitentes, aqueles em que se pode descansar entre uma série e outra”, sugere Carlos Werutsky. Em práticas de mais de uma hora, pode provocar incómodos digestivos como refluxo.
Já as bebidas isotónicas tem a vantagem de conter sódio, potássio e carboidratos em quantidades testadas em laboratório. Como tal, são indicadas para reidratar após treinos mais longos e intensos.
Contudo, como não é permitida a adição de fito-químicos como flavonoides, o isotónico não apresenta a mesma capacidade antioxidante de frutas como a banana.