Para quem está a seguir um regime de restrição calórica, o veredito é consensual e a melhor recomendação é sem dúvida alguma manter-se afastado das bebidas alcoólicas.
Porém, se é daqueles que de vez em quando não consegue dizer não a uma bebida, saiba então que algumas opções são mais ‘amigas’ da dieta do que outras...
Segundo uma reportagem divulgada pela revista Veja, a escolha mais indicada para quem pretende emagrecer são as variantes destiladas, com vodka, gim, rum, whisky e tequila. Embora essas opções contenham uma quantidade maior de álcool, estas não incluem açúcares ou hidratos de carbono, que estão comummente presentes nas bebidas fermentadas.
Um shot de destilado, o equivalente a 45 mililitros de vodka, gim, rum, whisky ou tequila, contém cerca 97 calorias. Uma taça de champanhe (120 mililitros) contém aproximadamente 84 calorias; uma taça de vinho seco de (150 ml), que fornece entre 120 e 125 calorias; uma dose (75 ml) de martini equivale a 124 calorias.
Outras opções, poderão ser um copo (150 ml) de um vinho de baixas calorias, que fornece entre 90 e 100 calorias, ou uma lata de cerveja light, que contém aproximadamente 100 calorias.
Em geral, o álcool puro tem sete calorias por grama, valor que corresponde a menos do que um grama de gordura (9 cal/g) e mais do que um grama de proteínas e carboidratos (4 cal/g cada).
Contudo, outras variáveis podem influenciar na contagem de calorias, como a quantidade de álcool, o volume total da bebida, quantidade de hidratos de carbono e açúcares presentes. “Geralmente, a maior diferença em calorias em bebidas vem do teor alcoólico, mas a presença de carboidratos também contribui em grande parte para as calorias”, explicou Dwayne Bershaw, da Cornell University, nos Estados Unidos, à CNN.
Mas, por que o álcool é inimigo da dieta?
Além das calorias, o álcool incita as pessoas a petiscarem alimentos calóricos. “Estudos mostram que as pessoas comem mais quando incluem álcool ou bebem antes da refeição”, disse Ginger Hultin, nutricionista da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos, também à CNN.
De acordo com especialistas, uma das explicações para o fenómeno está na queda das inibições provocado pelo consumo de bebidas alcoólicas. Estas reduzem as defesas cerebrais responsáveis por controlar as porções e fazer escolhas alimentares saudáveis. Além disso, o álcool pode influenciar na produção dos hormônios ligados à saciedade, como no caso da leptina, que suprime o apetite, e o peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), responsável por inibir a ingestão de alimentos.