Levar o jornal ou uma revista para a casa de banho é uma prática que já quase ninguém segue. E se antes na falta de revistas alguns ‘passavam o tempo’ a ler o rótulo do champô, hoje é no smarthpone que se lê as notícias ou se passa o tempo a fazer scroll em redes sociais – na casa de banho inclusive.
Embora seja sabido que o telemóvel é dos objetos que mais germes acumula, por o usarmos em praticamente todo o lado e estarmos sempre a usá-lo sem ter lavado as mãos (zona do corpo mais propícia à acumulação de germes), a casa de banho é, de entre todos, dos locais onde mais se deve evitar pelo elevado risco de contaminação.
Foi este o mote que levou o jornal Metro do Reino Unido a esclarecer-se junto de alguns cientistas acerca dos riscos de contaminação que advêm do uso do telemóvel na casa de banho.
Salmonella, Clostridium difficile ou E. Colli são bactérias que o podem contaminar bem como transmitir a outros ao praticar tal hábito, um risco que aumenta caso a mão que usa para mexer no telemóvel é a mesma com que se limpa e puxa o autoclismo.
Por isso, se não usar o telemóvel naquele momento não é opção para si, ao menos garanta que a mão em que tem o aparelho não é a mesma com que se limpa. O risco reduz assim que lava as mãos, mas o melhor é mesmo evitar tal prática já que, principalmente nas casas de banho públicas, a quantidade de bactérias é enorme – por cada vez que se puxa o autoclismo, as bactérias lá presentes podem ser expelidas num rádio de até seis metros. Se estiver num cubículo individual, pode imaginar até onde chega tal contaminação, é por isso que fechar sempre a tampa da sanita antes de puxar o autoclismo é uma boa prática.
Dito isto, o diretor de ciências biomédicas da universidade londrina Queen Mary, Ron Cutler, resume: “basicamente, não o faça se não quer aumentar a propagação de bactérias fecais”. O especialista realça no entanto que uma casa de banho de um bar ou mesmo de um hospital não são situações idênticas às de um escritório ou da sua própria casa.